O cantor e violinista reuniu público expressivo em frente ao Paço da Liberdade.| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Um frio aconchegante no Palco Riachuelo, que logo virou calor, depois vento, por fim um calor de rachar a moleira, recepcionou, às 13h10, João Bosco, um dos mais fundamentais nomes da música popular brasileira.

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O cantor, compositor e violonista trouxe algumas de suas principais canções, como "Tiro de Misericórdia", "Odilê, Odilá", "Corsário" e "Mestre-Sala dos Mares" para um público bem aplicado, que foi gradativamente aumentando e reclamando, ora do calor, ora do frio, ora dos vendedores de cerveja que davam com seus isopores na cabeça dos transeuntes. "Não dá para entender esse céu hoje", disse a estudante Fabiana Vieira, enquanto ouvia "Corsário": "Meu coração tropical está coberto de neve/ Mas ferve em seu cofre gelado".

Fotografia

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João Bosco fez em Curitiba o que mais sabe fazer: dar prova de seu virtuosismo ao violão. Acompanhado de uma banda suave como uma tarde de sábado, com destaque para as sutilezas do baterista Kiko Freitas, ele mostrou o porquê é um músico reconhecido por shows refinados e equilibrados, apesar da moça um tanto embriagada que gritava "Tá horrível esse som". Não estava.

De "Fotografia" a "De Frente pro Crime", João aplicou sua poesia e suingue de chão de favela ao plano de uma jam session aberta, repleta de obras que integram o imaginário popular da música nacional.

Ele fechou seu show, econômico em palavras ao público, com "Papel Machê", pertencente ao lado mais duvidoso do repertório. Mesmo assim, um show rigoroso, bonito e correto.

VEJA FOTOS DO SHOW DE JOÃO BOSCO

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