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Jack Kerouac foi o profeta de uma geração. Escreveu mais de dez livros de inspiração autobiográfica, registrando suas experiências libertárias. As mais famosas estão reunidas em Pé na Estrada , de 1957, que se transformaria em livro de cabeceira da geração beatnik, abrindo o caminho para as transformações que marcariam os anos 60. A vida era uma experiência livre, extrovertida e desatrelada da burocarica e das regras a que nos obrigam as instituições tradicionais. Após o sucesso, no entanto, Kerouac morreu sozinho e abandonado, aos 47 anos.

Hoje à noite, o dramaturgo, ator e diretor de teatro Mário Bortolotto estréia em Curitiba um monólogo dedicado ao escritor. A peça, chamada Kerouac, revisita o legado e as contradições do americano. "Minha idéia não é mostrar o Kerouac herói, o estradeiro, o ídolo. Mas o Kerouac nos últimos dias de vida, humano, amargurado, sozinho, vivendo com a mãe. Um sujeito com todas as suas contradições", afirma Bortolotto.

A idéia do espetáculo surgiu ainda em 1994, mas "o texto precisava evoluir até finalmente estrear, em 2003", diz o dramaturgo. O escrito é de autoria de Maurício de Arruda Mendonça, e a direção coube a Fauzi Arap. Na peça, Kerouac se queixa dos escritores, dos amigos, escancara seu lado reacionário e religioso, sofre com a morte do amigo Neal Cassady e, acima de tudo, "nos oferece um personagem demasiadamente humano, contraditório e, por vezes, comovente", de acordo com Bortolotto.

Serviço: Kerouac. Mini-Auditório do Teatro Guaíra – Glauco Flores de Sá Brito (R. Amintas de Barros, s/n.º ), (41) 3304-7900. Hoje, amanhã e sábado, às 21 horas, e domingo, às 20 horas. R$ 20 e R$ 10 (estudantes).

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