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Durante anos a cerimônia do Oscar ajudou a promover atores e atrizes para o estrelato, e neste ano há muitos rostos novos entre os indicados que podem tirar a sorte grande.

O Oscar de melhor ator para Adrien Brody em 2002, por seu trabalho em "O pianista", ajudou a colocá-lo nos holofotes de Hollywood. Um ano depois, Charlize Theron tornou-se conhecida após seu papel em "Monster - Desejo assassino", que lhe rendeu o troféu de melhor atriz.

Os especialistas no Oscar dizem que uma categoria repleta de novos talentos em potencial é a de melhor atriz coadjuvante, e duas favoritas têm muito a ganhar com um prêmio da Academia.

Uma delas é Amy Adams (de "Junebug"), que incrementou seu currículo somente ao ser indicada - já que ela era praticamente uma desconhecida.

A britânica Rachel Weisz é a favorita por sua interpretação de uma ativista social em "O jardineiro fiel", de Fernando Meirelles. Ela tem como maior rival Michelle Williams, que faz o papel de uma esposa rejeitada em "O segredo de Brokeback Mountain".

Weisz, de 34 anos, é uma atriz reconhecida na Inglaterra, mas um Oscar poderia torná-la uma estrela nos Estados Unidos. Williams, de 25 anos, ganhou fama no seriado de televisão ''Dawson's Creek'', mas seu papel em ''Brokeback'' fez dela uma estrela de cinema.

Adams, de 30 anos, que interpreta uma garota grávida em "Junebug", deu força à sua carreira com a indicação, porque antes ela só teve papéis pequenos em TV, tendo participado de apenas um grande filme, "Prenda-me se for capaz".

Ainda assim, a categoria do Oscar de melhor atriz coadjuvante já viu o estrelato desaparecer com a mesma rapidez com que surgiu, segundo o crítico de cinema Richard Roeper, do programa de TV "Ebert & Roeper".

Ele citou Mira Sorvino, que depois de ganhar o troféu por melhor atriz coadjuvante em 1995 em "Poderosa Afrodite", trabalhou bastante, mas não chegou ao estrelato.

Outra atriz que pode ver uma mudança na carreira é Reese Witherspoon. Aos 29 anos, ela já é uma atração nas bilheterias após seu filme ''Legalmente loira'' ter arrecadado mais de US$ 100 milhões. Mas um Oscar de melhor atriz por seu papel de June Carter em ''Johnny e June'' lhe daria reconhecimento como atriz dramática tambèm.

Roeper disse que se Witherspoon vencer, seria como o triunfo de Julia Roberts em 2000 por "Erin Brockovich - Uma mulher de sucesso". Antes do Oscar, Roberts era a "namoradinha da América", cujos trabalhos limitavam-se a comédias românticas como "Uma linda mulher". O Oscar lhe deu credibilidade para papéis dramáticos.

Na corrida pelo prêmio de melhor ator, Philip Seymour Hoffman, de 38 anos, que retrata o escritor Truman Capote em ''Capote'', construiu uma carreira como um ator de personagem em filmes como ''Boogie Nights - Prazer sem limites'' e ''O talentoso Mr. Ripley''.

Ele é um ator cujo rosto é reconhecido pelo público, mas seu nome passa despercebido. Uma vitória no Oscar mudaria isso, dizem os especialistas.

Hoffman tem um rival forte em Terrence Howard, de 36 anos, que elevou seu status de ator coadjuvante a protagonista em filmes de grande orçamento apenas ao ser indicado. Howard tem uma carreira sólida, mas nunca conseguiu papéis principais em filmes de grande orçamento. Seu papel como um cafetão em "Ritmo de um sonho", pelo qual foi indicado como melhor ator, já lhe rendeu muitos fãs na indústria.

- De qualquer forma ele ganha, porque ele realmente foi captado pelo radar de Hollywood este ano - disse Tom O'Neil, um analista veterano do Oscar e colunista do site TheEnvelope.com.

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