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Os países da América Latina - Paraguai, Peru e México - formaram um bloqueio contra a proposta brasileira e ameaçam o consenso internacional sobre a identificação entre "contém" ou "pode conter" produtos transgênicos nas cargas internacionais.

A 3ª. Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3) chegou ao último dia sem uma definição sobre o assunto - o que, segundo a ambientalista e professora-doutora em Sociologia da PUC-SP, Marijane Lisboa, "pode acabar estendendo o MOP 3 durante a COP 8", disse ao site oficial do governo do estado do Paraná. A COP 8 - Conferência da ONU sobre Biodiversidade - começa seus trabalhos na segunda-feira (20) e vai até o dia 31.

A posição brasileira defende a adoção da expressão "contém" para cargas de Organismos Vivos Geneticamente Modificados (OVMs) em um prazo de até quatro anos – período para os países investirem em logística e certificação de um sistema que garanta a identificação dos produtos.

Para a ambientalista, "o Peru deve entrar no Acordo de Livre Comércio na América do Norte (Nafta), assim como o México já faz parte e ambos os países têm o compromisso de não aceitar nenhuma restrição na comercialização de seus produtos. Já o Paraguai tem o desejo de um dia entrar no bloco", justifica.

Outro país até então considerado um "entrave" para um consenso mundial era a Nova Zelândia, que parece ter cedido às negociações em favor do "contém".

No caso da MOP 3 não chegar num resultado até esta sexta-feira, a Conferência pode ser suspensa e reiniciada após a COP 8, desta vez com um chamado amparo ministerial, com a presença de ministros de vários países.

Veja na reportagem em vídeo o impasse dos transgênicos. Confira a entrevista com a ministra Marina Silva

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