O papa Francisco lembrou neste domingo das tensões ocorridas na última semana em um bairro de Roma entre os moradores locais e imigrantes que vivem em um centro de amparo, e pediu às autoridades para enfrentar urgentemente o problema para que ele não seja ampliado.
"São fatos que ocorrem em várias cidades europeias, especialmente na periferia onde existem outros problemas", disse o pontífice após realizar a oração do Angelus, ao se referir aos conflitos ocorridos no bairro romano de Tor Sapienza.
"Convido as instituições, de todos os níveis, a assumirem como prioridade aquela que constitui uma emergência social e que, se não for enfrentada rapidamente e em modo adequado, arrisca se degenerar cada vez mais", afirmou o Papa.
Além disso, Francisco pediu que a comunidade cristã mostre empenho para que não ocorram enfrentamentos, mas sim encontro entre os dois grupos.
Para o papa, o importante é não ceder à tentação do conflito e rejeitar a violência. Francisco pediu também que o diálogo seja encorajado para que construir uma convivência cada vez mais segura e pacífica entre os cidadãos locais e os imigrantes.
Durante a última semana, o bairro de Tor Sapienza, no leste da capital italiana, viveu várias tensões. Os moradores locais culpam os imigrantes - entre eles egípcios, bengalis, afegãos e malineses - de serem responsáveis pelo tráfico de drogas e pela insegurança.
Os protestos organizados na frente do centro de amparo, que abriga também a dezenas de menores, acabaram em violência. Na última quinta-feira, os moradores lançaram pedras e garrafas contra a fachada do local.
-
Acordo do governo para reonerar folha de pagamento sela derrota do Congresso
-
Dívida do Brasil aumentou mais de R$ 1 trilhão, mas Lula não quer discussão
-
Haddad contraria Tebet e diz que não há espaço para desvincular aposentadorias ao salário mínimo
-
“PIB zero” e R$ 19 bilhões para reconstrução: as perspectivas do Rio Grande Sul após tragédia
Deixe sua opinião