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Após 30 anos de guerra civil, Angola vive em paz desde 2002. Esse curto, mas muito significativo, período de tempo para os 14 milhões de habitantes do país é mostrado no livro "O Retrato da Paz", que será lançado nesta quarta-feira (28), às 20h, no Beto Batata do Alto da XV. No mesmo evento, também haverá a abertura da exposição fotográfica que reúne algumas das 112 imagens da obra.

Por mais de 40 dias, entre novembro e dezembro de 2006, o fotojornalista Leandro Taques e o jornalista Julio César Lima buscaram personagens de diversos segmentos da sociedade que contribuíssem com relatos sobre o período de guerra e de pós-guerra. Foram 6,5 mil quilômetros por vias terrestres em 11 províncias angolanas. O trabalho resultou em cerca de cinco mil fotografias e 18 horas de gravações audiovisuais com mais de 50 personagens.

O livro reúne impressões, fotos, e depoimentos dessas pessoas sobre a reestruturação social e econômica do país que tenta se reorganizar, mesmo tento muitos excluídos, principalmente órfãos de guerra. "O que mais chama a atenção é a vontade do povo angolano em aproveitar esse momento de paz. Eles sabem que tudo precisa ser refeito, mas estão com esperança. Não encontramos ninguém pessimista com o futuro do país", afirma Leandro Taques em entrevista ao Caderno G da Gazeta do Povo.

Mesmo a guerra civil em Angola tendo 30 anos, os conflitos começaram muito antes. Foram 14 anos de batalhas com as forças armadas portuguesas até a independência do país em 1975. Após esta data, os movimentos de libertação MPLA, Unita e ainda a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), até então aliados, passaram a guerrear pelo poder. Os conflitos só cessaram com a morte do líder da Unita, Jonas Savimbi, em 2002.

O projeto, que é patrocinado pela Petrobras, terá ainda palestras em escolas, universidade e centros culturais.

Serviço: Lançamento do livro "O Retrato da Paz" e abertura da exposição fotográfica. Dia 28 de fevereiro (quarta-feira), às 20 horas, no bar Beto Batata (Rua Professor Brandão, 678 – Alto da XV). A exposição fica no mesmo local até 31 de março.

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