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Os quatro atores da peça interpretam na rua sensações da leitura de Laforgue | Lídia Sanae Ueta / Divulgação
Os quatro atores da peça interpretam na rua sensações da leitura de Laforgue| Foto: Lídia Sanae Ueta / Divulgação

Teatro

Confira mais informações desta e de outras apresentações no Guia da Gazeta do Povo.

A partir de hoje, as noites da Rua Saldanha Marinho terão um agito cultural bem-vindo. A Cia. Falsários apresenta Hamlet’s Walk, série de performances a que o espectador assiste no espaço de uma quadra, entre as ruas do Rosário e José Bonifácio.

Ao chegar, o público recebe um rádio com fones de ouvido em que é transmitido um áudio com diferentes histórias. Enquanto isso, os quatro atores executam movimentos, mais ligados às sensações provocadas pelos textos do que servindo de ilustração.

Na trilha, são narrados cinco textos autônomos: Rottin Citty, Kate, GG, A As­­­tro­­­nomazinha e O Aquário, inspirados nos contos "As Consequências da Piedade Filial" e "Salomé", do francês Jules Laforgue (1860-1887). GG é do diretor Francisco Gaspar e inspirado em Gertrudes, mãe de Hamlet na peça de mesmo nome, de Shakespeare.

Apesar da referência ao príncipe dinamarquês, Hamlet é mais um alvo de brincadeiras do que personagem do espetáculo. O termo hamlet, em inglês, significa vila ou assentamento em que ainda não há igreja – leia-se administração central. Francisco Gaspar descobriu isso olhando um mapa antigo, e ficou com a ideia na cabeça. "O barato é poder experimentar a rua sem um poder central", sugere. "O espectador decide se vai curtir a rua, ouvir o áudio de outro local ou assistir sem ouvir."

Outras referências da peça são bandas inglesas como Beatles e Black Sabbath. O espetáculo dura no total duas horas, mas é possível assistir apenas a um trecho.

A lotação máxima é de 20 pessoas, então, é desejável inscrever-se antes pelo e­-­mail hamletswalk@gmail.com. A peça terá apresentações diárias até 3 de fevereiro, sempre com entrada franca.

Leitor oficial

O espetáculo foi contemplado com o prêmio da Fundação Nacional de Artes (Funarte) Artes na Rua/ Circo, Dança e Teatro de 2011, e pesquisou a obra do autor francês que, após mudar-se para a Alemanha, tornou-se leitor oficial da imperatriz Augusta.

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