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Muitos consumidores de cultura, com renda mais estável e elevada, não sentem tanta necessidade fugir dos preços altos, e transformam a rotina de compras em programa de fim-de-semana. Este é o caso do advogado Ivan Rocha, de 29 anos. Apaixonado por CDs e livros, costuma dar uma passadinha em livrarias e lojas do gênero durante a semana e, muitas vezes, transforma o hábito em atração principal dos sábados e domingos.

Ivan adquire, em média, dez CDs e cinco livros por mês, chegando a gastar mais de R$ 200. O gosto pela cultura, que existe há mais de 15 anos, o levou a fazer um mestrado em Letras. A sua tese, que pretende relacionar Direito e Literatura, chegou a surpreender o seu orientador. "Desenvolvi a tese por que pretendo trabalhar com a literatura no futuro. Por isso, eu quis encorporá-la à minha área", conta.

Entre as bandas preferidas de Rocha, estão as de rock americano, mas principalmente as britânica. Na literatura, prefere a ficção escrita por autores ingleses, alemães e franceses. As suas últimas aquisições foram obras de Umberto Eco e do mineiro Luis Ruffato. Na música, o lançamento da banda Wilco e o disco ao vivo de Morrissey fazem parte da lista. O advogado faz questão de comprar os álbuns, ao invés de baixá-los na internet, porque gosta de ter o CD e os encartes originais em mãos.

Apesar de investir grande parte do salário em produtos culturais, ultimamente Ivan também tem segurado as rédeas. "Livros, CDs e shows estão cada vez mais caros, por isso me limito a comprar o que eu realmente gosto. Antes, eu não tinha essa preocupação. Hoje em dia, se algum CD está em promoção, compro só por causa do preço", revela. (JK)

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