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A cantora Lady Gaga | Mike Blake/Reuters
A cantora Lady Gaga| Foto: Mike Blake/Reuters

Quando nem mesmo Lady Gaga é capaz de mudar o astral reinante, você sabe que a indústria de música passa por uma fase desanimada.

A despeito de um calendário de lançamentos que inclui a rainha do pop, Britney Spears, R.E.M., U2 e Coldplay, as gravadoras se preparam para mais um ano difícil pela frente.

Universal Music Group, Sony Music Entertainment, Warner Music Group e EMI - líderes do mercado - enfrentaram perdas em 2010, como vêm fazendo há uma década, prejudicadas pela pirataria online, o espaço cada vez menor no varejo e a incapacidade de se adaptarem às mudanças tecnológicas.

Em todo o mundo, as vendas de música gravada tiveram queda de 9 por cento no ano passado, e cifras divulgadas na semana passada sugerem que 19 em cada 20 faixas descarregadas da Internet no ano passado tenham sido ilegais.

A escala da pirataria e de outros desafios sugere que, não importa quais artistas concorram pela supremacia nas paradas, é virtualmente garantido que as vendas de 2011 não modifiquem essa tendência de queda.

"Não vejo qualquer indicativo de que as vendas de discos vão melhorar, porque isso não tem nada a ver com a qualidade da música", disse o crítico de música americano Robert Christgau, numa avaliação pouco animadora das perspectivas do setor.

Mas isso não torna irrelevantes os lançamentos programados, e as gravadoras ainda esperam que seus artistas cheguem ao topo e compensem o tempo e os investimentos feitos neles.

A previsão é que o maior lançamento do ano seja o da "provocadora pop" Lady Gaga, "Born This Way", previsto para sair em 23 de maio. A cantora, que não é de medir suas palavras, descreve o disco como "absolutamente o maior trabalho que já criei".

As vendas combinadas de seus álbuns "The Fame", "The Fame Monster" e um álbum de remixagens chegam a 15 milhões, um número respeitável mesmo na época anterior à crise, e, com mais turnês previstas, a revista Forbes estima que a cantora de 24 anos possa ganhar mais de 100 milhões de dólares este ano.

"Ela está apenas agora começando a atingir seu potencial artístico e comercial", disse à Forbes o advogado do setor de entretenimento Bernie Resnick. "O que estamos vendo é apenas o começo."

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