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Cláudio Seto: pioneiro no Brasil na produção de HQs no estilo mangá morreu no último sábado | Katie Müller/ Gazeta do Povo
Cláudio Seto: pioneiro no Brasil na produção de HQs no estilo mangá morreu no último sábado| Foto: Katie Müller/ Gazeta do Povo

A comunidade japonesa curitibana perdeu, no último sábado, um dos mais atuantes divulgadores da cultura oriental no Brasil. Aos 64 anos, o ilustrador paulista Cláudio Seto – radicado em Curitiba desde 1975 – não resistiu após sofrer um acidente vascular cerebral.

Descendente de Noriyasu Seto, um dos cinco imigrantes japoneses que introduziram o bonsai (técnica botânica que reduz o tamanho natural de árvores) no Brasil, na década de 1930, Seto era diretor do Departamento de Cultura da Socieade Nipo-Brasileira de Curitiba e coordenava a organização dos festivais Haru e Hana Matsuri.

Mas é na área das artes plásticas que o nome de Cláudio Seto deve permanecer em destaque permanente. O ilustrador é tido como o pioneiro na produção de HQs no estilo mangá no Brasil, trabalho iniciado nos anos 1960, nas revistas O Samurai e Ninja, O Samurai Mágico, da editora Edrel. Nas décadas de 1970, 1980 e 1990, Seto participou de inúmeras exposições coletivas de artes plásticas, cartuns, fotografias e ilustrações no Brasil e no exterior.

Sua obra foi ainda mais reconhecida este ano, durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Uma das homenagens foi realizada no mês de julho, na entrega do Troféu HQMix (principal premiação da área de quadrinhos no país), quando seu personagem Samurai foi a inspiração para a criação das estatuetas dadas aos premiados.

Entre seus últimos trabalhos, figura o livro Lendas do Japão, lançado este ano pela editora Devir, que planeja para breve a publicação de um álbum reunindo histórias raras do ilustrador.

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