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Além da biografia escrita por Ruy Castro, o cinqüentenário da morte de Carmen Miranda foi marcado por uma peça de teatro (Foi Carmen Miranda, de Antunes Filho) e uma grande exposição (Carmen Miranda para Sempre), em cartaz no Rio de Janeiro. Na área musical, entretanto, a efeméride passou batida pelas gravadoras Sony & BMG e EMI, donas dos fonogramas da cantora – e que, há alguns anos, lançaram caixas de CDs com sua obra.

O consolo fica por conta de Tico-Tico, coletânea voltada para o mercado exterior que a Warner Music acaba de lançar também no Brasil. Apesar do encarte paupérrimo (e o pior de tudo, escrito em francês), o CD pode servir como porta de entrada para os não-iniciados. São 20 faixas, entre elas as seminais "Tico-Tico no Fubá", "Pra Você Gostar de Mim (Taí)", O Que É Que a Baiana Tem" e "Primavera no Rio", entre outras. Há também uma gravação em inglês, "A Week End in Havana".

Em todas as músicas, destaca-se a voz limpa e bem colocada de Carmen, além de suas interpretações personalíssimas. Como define Ruy Castro: "Ela cantava num tom de brincadeira, mas não era cômica. Sua voz tinha um caráter malicioso, mas que não chegava a ser sensual". (OG)

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