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A banda inglesa Prodigy fez jus ao posto de principal atração do Skol Beats 2006 com uma apresentação empolgante no palco Live Stage na madrugada deste domingo, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no festival que reuniu 59,5 mil pessoas em mais de 15 horas de festa.

Formado por Keith Flint, Maxim Reality e Liam Howlett, em 1990, o Prodigy apresentou ao público o que ele esperava. Músicas mais recentes foram mescladas a sucessos do disco "The Fat of the Land," como "Breathe," "Firestarter" e "Smack my bitch up" - todas cantadas em uníssono pela platéia.

Os fãs pareceram aprovar a presença de palco e o som ao vivo do grupo.

- Foram super receptivos, interagiram com o público e agradeceram bastante. As pessoas deliraram - disse a estudante de publicidade Juliana Dantas Gonçalves, 21 anos.

Para o lojista Renato da Silva Ferreira, 21, o show foi marcante.

- Ouvia muito Prodigy quando comecei a virar clubber. Tive vontade de chorar ao ouvir o começo de Breathe. Meu coração disparou - disse ele, que assistiu ao início do show da arquibancada, mas decidiu enfrentar a multidão após ouvir uma de suas músicas favoritas.

Também foi aguardada a apresentação do americano LCD Soundsystem, banda formada pelo produtor e multiinstrumentista James Murphy, que no palco é acompanhado pelos músicos Nancy Whang, Pat Mahoney, Phil Mossman e Tyler Pope.

O show começou com um atraso de 40 minutos, mas conseguiu segurar o público apostando nas músicas de seu primeiro, e ainda único, disco. Pulos e gritos espalhavam-se pela pista, acompanhando faixas como "Tribulations," "Yeah" e o hit "Daft Punk is playing at my house."

Apesar do clima tranquilo ter predominado durante o show do LCD Soundsystem, um empurra-empurra generalizado marcou o fim da apresentação, tanto na lateral quanto no fundo da pista.

As milhares de pessoas no Live Stage pareceram aproveitar o set seguinte, do DJ Vitor Lima, para correr para bares e sanitários, a fim de voltar o quanto antes para aguardar a entrada do Prodigy.

Uma das reclamações mais frequentes foi o excesso de pessoas circulando, congestionando o trânsito entre um palco e outro, além das filas grandes formadas nos bares e banheiros. Segundo a organização, os ingressos esgotaram antes do evento começar, por volta das 16h do sábado.

Outros destaques do festival foram o alemão Sven Vath, o israelense Astrix e o canadense Tiga, representando diferentes vertentes da música eletrônica: techno, trance e electro, respectivamente.

- Foi fantástico, o clima estava muito bom e a energia das pessoas também. O Brasil está pronto para nós (da música eletrônica) - disse à Reuters Sven Vath. "O festival é muito legal porque reúne muitos estilos. É muito bom poder sair de uma tenda e ir para outra e ouvir as batidas fortes do Murphy, por exemplo."

O encerramento ficou por conta de um "back to back" dos veteranos brasileiros Anderson Noise e Mau Mau, que já haviam se apresentado horas antes ao lado de Edson Cordeiro em um trio elétrico que circulava pelo Sambódromo, uma das novidades do evento este ano.

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