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“Sempre ouço e acho que o nível continua o mesmo. É uma das poucas emissoras que dá espaço a artistas paranaenses.” Fábio Elias, vocalista da banda Relespública | Priscila Forone/Gazeta do Povo
“Sempre ouço e acho que o nível continua o mesmo. É uma das poucas emissoras que dá espaço a artistas paranaenses.” Fábio Elias, vocalista da banda Relespública| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com algumas personalidades artísticas da cidade para saber o que pensam – e se ouvem – a Rádio Paraná Educativa. O flautista Sérgio Albach, o violonista João Egashira, o guitarrista Fábio Elias e o clarinetista Marcelo Oli­­veira têm opiniões diferentes so­­bre o que se passa nas frequências 97,1 (FM) e 630 (AM).

"Ouço, mas ouço pouco. Na mi­­nha opinião depois que o governador Roberto Requião as­­sumiu, a qualidade da programa­­ção caiu. A programação era bem voltada para os músicos lo­­cais e agora perdemos espaço. Tam­­bém sinto falta de propaganda da rádio. Ela não tem visibilidade", diz Albach, também curador da Oficina de Música de Curitiba.

Nos anos 1990, o guitarrista e vocalista da banda Relespública, Fábio Elias, comandava na Rádio Paraná Educativa o programa Wonderful Radio London, sobre rock britânico. O programa du­­rou pouco e não vingou – talvez pela história da emissora em va­­lorizar a música brasileira. Ain­­da assim, o músico – que ho­­je mora em São Paulo – elogia o que ouve na estação quando está por aqui.

"Sempre ouço e acho que o nível continua o mesmo. É uma das poucas emissoras que dão espaço a artistas paranaenses. Apesar de não ser muito popular, ela tem um público fiel", diz Elias.

O violonista João Egashira – da Orquestra à Base de Corda – já foi mais assíduo e confessa que hoje não é atraído pela programação da rádio. "Em tempos passados ouvia mais. Na época do José de Mello [ex-diretor da Rádio Paraná Educativa], estava mais por dentro. Lembro que havia iniciativas fantásticas, como coberturas ao vivo de apresentações. Isso foi desaparecendo", comenta o violonista.

A opinião é compartilhada por Marcelo Oliveira, integrante da Orquestra Sinfônica do Pa­­raná. Segundo o músico, existia uma certa qualidade no que era escolhido para ir ao ar e os programas não se repetiam. "A proporção entre música, documentários e falatório e propaganda era bem diferente no período em que José de Mello era diretor. Depois do novo governo, a rádio entrou em período de decadência."

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