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Quinteto Violado conheceu Dominguinhos nos anos 1970. | José Marcos/Divulgação
Quinteto Violado conheceu Dominguinhos nos anos 1970.| Foto: José Marcos/Divulgação

Depois de homenagear cancioneiros de Gonzagão, Geraldo Vandré, Zé Marcolino, Adoniran Barbosa e Jackson do Pandeiro ao longo de seus mais de 40 anos de carreira, o grupo pernambucano Quinteto Violado mergulha na obra de Dominguinhos (1941-2013) em um show no Guairinha nesta quinta-feira (4), às 20 horas, com participações de Cezzinha (sanfona e voz) e Raminho (percussão).

Conforme explica membro fundador do grupo Marcelo Melo, o show aborda tanto composições conhecidas quanto músicas menos lembradas na linguagem do quinteto, que Gilberto Gil chamou, nos anos 1970, de “free nordestino”.

“Há uma liberdade de buscar os elementos da musicalidade mundial, do erudito ao popular, para fazer uma recriação que é foge do normal, que todo mundo toca”, diz, por telefone, o violonista, violeiro e cantor do grupo, citando os experimentos do Quinteto com arranjos e harmonias. “O quinteto toca baião, xote, xaxado, frevo, maracatu, toda a música da regionalidade nordestina, mas com identidade. Procuramos sempre agregar um valor a essa música com influências que adquirimos no mundo”, define. “Essa é a originalidade que o grupo tem, e por isso estamos nos mantendo há 44 anos”, diz.

Quinteto Violado

Guairinha (R. XV de Novembro, 971 – Centro), (41) 3304-7982. Dia 4 às 21 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Assinantes da Gazeta do Povo têm desconto de 50% na compra de até dois ingressos. Mais informações no Guia.

O show já percorreu capitais do Norte e do Nordeste do país e chega a Curitiba depois de passar pelo Rio de Janeiro, já “azeitado”. O sanfoneiro Cezzinha, discípulo de Dominguinhos, é um dos convidados que participaram do projeto, cuja gravação conta com participações de convidados como Lenine e Monica Salmaso.

O repertório é dividido em três fases da carreira de Dominguinhos e inclui parcerias do sanfoneiro e compositor com Djavan (“Retrato da Vida”), Nando Cordel (“De Volta Pro Aconchego”), Anastácia (“Eu Só Quero Um Xodó”) e Toinho Alves – contrabaixista do Quinteto Violado, morto em 2008, que escreveu “Sete Meninas” com o sanfoneiro.

“Conhecemos Dominguinhos no circuito universitário que fizemos nos anos 1970 em São Paulo”, lembra Melo. “Ele era sanfoneiro de apoio de Gonzaga. Fizemos amizade com ele, que era de Garanhuns (PE), terra de Toinho. Foi uma amizade muito fraterna. Ele sempre foi muito próximo a nós. Tocar a música de Dominguinhos, que é fantástica tanto pelo virtuosismo quando pela criatividade musical, é uma emoção, uma alegria.”

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