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O carisma de Sonny Rollins

São Paulo - Nada de rappers falastrões nem DJs ou bandas pop com prazo curto de validade.

A noite de abertura do Tim Festival ontem, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, teria como única atração o carismático saxofonista e compositor Sonny Rollins, uma das últimas lendas vivas do jazz.

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Entrevista com o rapper Kanye West

São Paulo - Kanye West é um rapper vaidoso. Mas em vez de ostentar colares cromados e carros conversíveis – como fazem alguns de seus pares –, ele prefere usar óculos com armação estampada e tênis coloridos. West é um exemplo do que acontece quando o hip-hop cruza com o mundo das grifes e estilistas.

Ele é uma das principais atrações do Tim Festival, que começou ontem em São Paulo e tem início amanhã no Rio de Janeiro. West canta para o público paulista hoje e para o carioca na sexta.

Na entrevista a seguir, o rapper falou sobre seu próximo álbum, 808’s & Heartbreak, e suas apresentações.

Sua turnê é uma grande produção, e está entre as mais caras do hip-hop na atualidade. Você não se sente distante do espírito original do rap, que era o de um sujeito com um microfone ao lado de um DJ?

Kanye West – O estranho é que minha turnê está bem próxima do conceito primário de rhythm and poetry, que é o de um MC com um microfone. A diferença é que há um planeta no palco, com luzes especiais e uma tela grande por trás. Mas o elemento original, que é o de um único cantor rodeado por uma multidão, ainda está lá.

O que inspirou o visual dos shows?

Foi a ficção científica. Eu sempre fui um grande fã do gênero e meu sonho era ser um personagem em um filme de ficção. Estou realizando esse sonho com a turnê. Eu pensei todo o conceito um mês antes de ela começar. Já havíamos vendido boa parte dos ingressos antes de o palco ter sido desenhado. Tínhamos um projeto completamente diferente, mas decidi de última hora que seria assim.

No novo álbum você mudou os arranjos tradicionais do rap, usando instrumentos como piano e violino. Como foi a composição do disco?

Não foi calculado, apenas quis tentar algo novo. Eu estava procurando por um som que fosse bem simples, que as pessoas possam ouvir e dizer quais instrumentos estão sendo tocados. Eu já fiz músicas no passado com tantos elementos que era impossível dizer de onde vinha cada som. É como estar acostumado a conquistar garotas usando jóias, em um carrão, e depois tentar fazer o mesmo vestindo apenas uma camiseta. Ou como fazer um nu frontal. É um pouco assustador.

Como acha que seus fãs vão encarar essa mudança?

Boa parte do meu público é de gente que gosta do rap original, com sons pré-gravados e rimas. Mas eu não poderia fazer um disco apenas para agradá-los, mas para agradar a mim. Espero que eles estejam abertos para ouvi-lo, porque minhas marcas ainda estão lá.

Você tem evitado falar com a imprensa do seu país. Por quê?

Tenho problemas com quem tenta mudar minhas palavras e impede que o público saiba a verdade. Fazem com que você pareça a pior pessoa do mundo. Só porque eu faço música boa? É uma mentalidade muito louca. Por isso fiz um blog, e lá coloco tudo o que penso.

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