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O líder da banda de rock gótico The Cure, Robert Smith, classificou de "plano idiota" a ideia do Radiohead de permitir que os consumidores determinem o valor de sua música. Em entrevista à publicação "Music radar", o cantor e baixista disse "discordar violentamente" do esquema de vendas "pague o que quiser" utilizado pelo grupo de Thom Yorke para distribuir seu último CD, "In rainbows", de 2007.

"Você não pode permitir que outras pessoas coloquem um preço no seu trabalho, se não você não poderá considerar que o que faz tenha algum valor. Isto não faz sentido. Se eu dou um valor à minha música e ninguém está preparado para pagar por ela, problema meu, mas a ideia de que o valor seja criado pelo consumidor é um plano idiota, não pode dar certo", desabafou Smith.

O Radiohead, que se apresenta pela primeira vez no Brasil nos dias 20 (Praça da Apoteose, Rio de Janeiro) e 22 de março (Chácara do Jockey, São Paulo), causou palpitações na combalida indústria musical em outubro de 2007 ao decidir vender "In rainbows" diretamente aos consumidores, dando aos fãs o direito de escolher quanto pagariam pelo download do álbum. A maioria pagou 4 libras pelo disco e, embora uma em cada três pessoas tenha baixado as músicas de graça, em um ano o grupo havia vendido 3 milhões de cópias entre downloads, CDs e uma edição especial de luxo.

Além disso, quando foi lançada versão física do álbum, em janeiro de 2008, "In rainbows" entrou direto em primeiro lugar na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos e Inglaterra. Já "4:13 dream", CD que o The Cure lançou no fim do ano passado seguindo as regras convencionais de venda e distribuição, estreou de maneira bem mais modesta: 16º lugar nos Estados Unidos e 33º na Inglaterra.

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