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Rio de Janeiro (AE) –O cantor Roberto Carlos retoma o tempo perdido. Quase recuperado do transtorno obsessivo compulsivo (conhecido na área psiquiátrica como TOC), volta a fazer shows no exterior, onde não ia desde os anos 90, expõe-se como nunca e promete um disco de inéditas para o fim do ano. Ele acaba de fazer o cruzeiro Emoções Para Sempre, que levou 4.500 fãs para vê-lo e ouvi-lo em pleno mar, e já parte para Portugal, numa miniturnê, cujo ápice acontecerá no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde os 16 mil ingressos se esgotaram duas semanas antes Em março, faz a despedida brasileira do tenor Luciano Pavarotti em Belo Horizonte, e parte para o Nordeste. Em maio, tem datas em Madri e nos Estados Unidos.

"Roberto fez progressos interessantes no tratamento do TOC. A idéia de participar, durante o cruzeiro, de um karaokê do público com músicas suas e cantar de improviso no fim foi uma das estratégias, com excelente resultado. Ele sentiu-se seguro com o carinho dos fãs", disse seu empresário, Dody Sirena. "Chamar o público para sua entrevista coletiva, fato inédito em artistas de seu porte, foi idéia dele, assim como falar enfaticamente de assuntos que nunca abordou em toda sua carreira".

Outra sintoma que de que ele está vencendo a doença é voltar às canções sensuais do início dos anos 70 ("Café da Manhã", "Cavalgada", "Os Botões da Blusa") ou aos rocks anteriores, com palavras que ele se recusava a pronunciar, como "Negro Gato". Mas ainda demora o público ouvi-lo cantar seu primeiro hit, "Quero Que vá Tudo para o Inferno". "Gostei de voltar a cantar ‘Negro Gato’ e também no jeito que ficou agora", disse ele na entrevista coletiva do navio. "Aquela outra foi cogitada e pode ser que eu volte a cantá-la porque todo mundo pede. Mas não vai ser logo."

Outro hábito que pretende retomar é comemorar seu aniversário (ele faz 63 anos em 19 de abril e está saradíssimo) com um show em que a renda bruta vai para instituições de caridade da cidade onde acontece. "Desde a morte de sua mulher, Maria Rita, no dia 19 de dezembro de 1999, Roberto reservava o dia 19 de cada mês. Agora ele quer voltar a cantar neste dia e talvez já aconteça em 2006, numa capital nordestina a ser escolhida", informa Dody.

Em maio, Roberto Carlos faz show em Madri, com gravação de DVD em espanhol e depois deve, ainda neste semestre, fazer turnê nos Estados Unidos, onde não lança disco nem se apresenta desde os início dos anos 90. "O interessante é que seu sucesso se mantém e os discos continuam em catálogo", conta Sirena. "Para eles, Roberto Carlos se preservou, como aconteceu com Chico Buarque aqui no Brasil. Quase não lança mais discos ou faz shows, mas mantém o carisma e o público não o esquece."

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