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Eduardo Saron diz que o objetivo do Rumos é favorecer o artista experimental independente | Ivson Miranda/Divulgação
Eduardo Saron diz que o objetivo do Rumos é favorecer o artista experimental independente| Foto: Ivson Miranda/Divulgação

Os novos editais do projeto Rumos Itaú Cultural, que contempla todo ano diferentes áreas artísticas tanto no campo da pesquisa quanto na parte de produção, foram divulgada na manhã de ontem. Além dos já conhecidos editais de Cinema e Vídeo e Dança, a grande novidade anunciada na coletiva realizada na sede do Itaú Cultural, em São Paulo, é o edital de Pesquisa em Moda e Design. Os três têm inscrições abertas a partir de hoje e integram os outros sete editais em andamento que estão em fase de difusão ou formação.

De acordo com a coordenadora responsável pela nova área, Selma Cristina, a intenção é selecionar até dez pesquisas acadêmicas concluídas ou em andamento que abordem questões sobre a criação, produção industrial e circulação do resultado dos processos criativos em moda e design. "Nos últimos dez anos, o setor criativo mostrou ter um impacto considerável na economia dos países. O Brasil, embora seja o quinto maior mercado de moda no mundo, não consegue ficar nem entre os dez países que mais lucram com a área". A posição estratégica desse mercado, segundo Selma, foi a razão pela qual esse novo edital foi criado. "Pela falta de dados estatísticos e pela grande informalidade dessa área, procuramos conhecer um pouco melhor esse mercado por meio de bolsas de pesquisa para, no futuro, sabermos onde investir em bolsas de produção."

Experimentação

Na área de cinema, três categorias contemplarão produtoras e cineastas independentes com bolsas que podem chegar a R$ 90 mil: Documentários para Web, destinada a jovens entre 16 e 25 anos; Vídeos Experimentais, que favorece experimentações na linguagem cinematográfica; e Espetáculos Multimídia, que contempla performances visuais, videoinstalações e outros formatos menos ortodoxos do audiovisual.

Por fim, na área de Dança, além de categorias que promovam a pesquisa em linguagem, há uma preocupação em incentivar os pequenos centros independentes de dança experimental. É o que diz a coordenadora da área, Sônia Sobral: "Existem ainda poucos centros de dança não clássica no Brasil. Com a categoria Formadores, fornecemos subsídios para que professores já qualificados continuem fazendo seus trabalhos com mais autonomia". O edital de Dança contempla ainda as categorias Teóricas de Dança para Crianças, Carteira de Desenvolvimento de Pesquisa para Criação e Residência, que promove o encontro de dois ou mais artistas ou pesquisadores.

Para o diretor superintendente do Itaú Cultural, Eduardo Saron, o projeto Rumos vem de encontro à crítica comumente feita à prestação de contas por parte do artista aos editais e leis de incentivo que o contempla, já que não exige além da apresentação do projeto proposto: "O artista experimental tem menos apoio e incentivo e, por isso, estamos interessados, sobretudo, em arriscar com pesquisas por novas linguagens e em incentivar com serenidade o que ainda não foi explorado na arte". Saron contou ainda que o orçamento do Rumos Itaú Cultural de 2012 é de R$ 10,5 milhões e cobre todas as etapas do processo, do incentivo à difusão dos projetos. As inscrições e os editais podem ser encontrados no site www.itaucultural.org.br/rumos

O repórter viajou a convite do Itaú Cultural.

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