Veneza –Depois do racionalismo europeu, do pragmatismo americano e da sensibilidade asiática, o cineasta russo Nikita Mikhalkov e os egípcios Youssef Chahine e Khaled Youssef mostraram ontem seus mundos no Festival de Veneza, tão diferentes na forma, mas bem similares no conteúdo.

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"Este filme foi uma forma de mostrar os ‘grandes assuntos humanos’, os mesmos tratados por Dostoiévski, Tolstói e Tchékhov", disse o diretor russo. Ele concorre ao Leão de Ouro – troféu que premia o melhor filme – pela segunda vez, depois de ter vencido em 1991 por Urga, O Território do Amor. Mikhalkov aproveitou 12, seu último trabalho, para fazer um retrato da Rússia atual. O filme é baseado na peça teatral Twelve Angry Men, de Reginald Rose, traduzida no Brasil como Doze Homens e Uma Sentença.

A guerra da Chechênia, o terrorismo, a corrupção, as máfias e a necessidade de fazer algo para mudar a situação compõem o cenário do filme.

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Já em Heya Fawda, dos egípcios Chahine e Youssef, a sociedade tem que encarar um policial corrupto e seu poder impiedoso. Retratando os costumes locais, o filme mostra um policial, Hatem (Khaled Saleh), obcecado por sua vizinha Nour (Mena Shalaby), a única capaz de fazer frente a ele.