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Morgan Freeman e Greg Kinnear vivem uma simbiose emocional em Banquete de Amor | Divulgação
Morgan Freeman e Greg Kinnear vivem uma simbiose emocional em Banquete de Amor| Foto: Divulgação

Morgan Freeman é um grande ator. Suas atuações em clássicos contemporâneos como Um Sonho de Liberdade, Os Imperdoáveis e Menina de Ouro, filme que lhe deu o Oscar de coadjuvante, não mentem. Acontece que, de alguns anos para cá, Hollywood tem insistido em lhe dar papéis que de alguma forma mascaram seu talento: basta conferir o ótimo Batman – O Cavaleiro das Trevas e o interessante O Procurado, ambos em cartaz nos cinemas, para perceber isso. Em ambos, vive personagens nada complexos, sem muitas nuances, bem aquém do que ele é capaz de fazer.

Embora não seja um grande filme, Banquete de Amor, que acaba de chegar às locadoras, devolve um pouco a Freeman, recentemente envolvido em grave acidente de carro, um pouco de sua "humanidade". Na trama, ele é Harry Stevenson, um professor universitário que se afasta das salas de aula depois que seu filho único morre de uma overdose de heroína. Ele se sente culpado por nunca ter percebido qualquer sinal de que isso pudesse um dia acontecer.

Enquanto busca fazer as pazes consigo mesmo, Harry encontra em um café que costuma freqüentar uma série de pessoas que, de alguma forma, tenta ajudar, como uma espécie de compensação pelo que não pôde fazer pelo filho morto. Vira um "salva-vidas" emocional de corações partidos. Entre eles está Bradley Smith (o talentoso e subestimado Greg Kinnear, de Pequena Miss Sunshine), sujeito de ótima índole, honesto, sincero, mas um tanto ingênuo.

Primeiro, Bradley perde a esposa (Selma Blair) para outra mulher. E, mais tarde, casa-se com uma agente imobiliária bela e provocante (Radha Mitchell, de Melinda & Melinda), que esconde dele estar vivendo há anos um complicado caso com um homem casado.

Inter-racial

Com personagens interessantes e um bom elenco, Banquete do Amor promete mais do que efetivamente consegue oferecer ao espectador. Erra ao misturar vida real com pitadas de realismo fantástico, ingrediente que quase faz a receita desandar. Ainda assim, o filme pode cativar o espectador. E Freeman, assim como a grande Jane Alexander (de Kramer Vs. Kramer e Diz Que Me Ama), que vive sua mulher, têm muito a ver com isso. Em um raríssimo exemplo de casal inter-racial de meia idade e classe média alta no cinema norte-americano, eles emprestam à produção motivos para conferi-la. GG1/2

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