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Crianças, adolescentes e adultos têm bons motivos para aproveitar o feriadão do Sete de Setembro dentro das salas de cinema de Curitiba. Quatro curiosos filmes entram em cartaz nesta sexta-feira (8) com características distintas. Enquanto a animação "Lucas – Um Intruso no Formigueiro" mescla entretenimento e educação, a produção belga-francesa "A Criança" aborda um tema polêmico: a gravidez na adolescência. Fora da realidade mesmo é "Serpentes a Bordo", estrelado por Samuel L. Jackson e que abusa de clichês: violência, sexo e muitos palavrões. Fechando a lista dos estreantes da semana está o brazuca "O Maior Amor do Mundo", de Cacá Diegues.

Recentemente premiado no Festival de Montreal, "O Maior Amor do Mundo" é a 16.ª empreitada de Diegues nas telonas. O filme, estrelado por José Wilker, une dois cenários totalmente opostos: um professor universitário tupiniquim bem-sucedido e a pobreza no Brasil. No enredo, Wilker vive Antônio, um famoso astrofísico brasileiro, que trabalha em uma universidade nos Estados Unidos. Em meio a expectativa de retornar ao seu país para ser homenageado, Antônio acaba recebendo a pior notícia de sua vida. Ele fica sabendo que sofre de um tumor fatal no cérebro. E as descobertas em tão pouco tempo não param por ai. Ao chegar no Rio de Janeiro, ele descobre a verdadeira identidade de seus pais biológicos, e a incrível história de amor entre eles. A partir daí, Antônio vai traçar uma viagem ao passado nos seus últimos momentos de vida. O elenco do longa conta, além de Wilker, com Taís Araújo, Marco Ricca e Sérgio Britto.

Também partindo da humanização dos personagens centrais em torno de problemas comuns no cotidiano das pessoas, "A Criança" é mais uma realização dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, figurinhas conhecidas e vencedoras no aclamado Festival de Cannes. O que se espera, um filme de qualidade, é o que se vê na história de um jovem casal que se depara com a chegada de um filho inesperado. Para complicar a situação, o pai do recém-nascido vive de pequenos roubos, o que distancia cada vez mais ao longo da trama pai e mãe. O próprio ponto de vista individualista e discordante entre os dois personagens levam o espectador a refletir sobre a formação da família e a relação entre os jovens pais. Recomendado para jovens e adultos de todas as idades. A fita fica em cartaz no Teatro HSBC até domingo (10).

Na contramão das histórias cotidianas está o aguardado "Serpentes a Bordo". Com um orçamento de US$ 35 milhões, o longa, dirigido por David Ellis – um zero à esquerda segundo os críticos norte-americanos – causava frisson antes mesmo do seu lançamento, que aconteceu em agosto. Cinco meses antes, amantes dos chamados filmes "trash" já demonstravam ansiedade em conferir o longa, que abusa e apela para os clichês mais explorados pelos filmes de ação atualmente: violência, sexo, muitos palavrões e uma dose de exageros do início ao fim da exibição. Na história, Samuel L. Jackson é o agente do FBI Nelville Flynn, encarregado para proteger um adolescente que presenciou uma brutal execução ligada ao crime organizado. Na viagem até Los Angeles para o julgamento do caso, os dois se deparam com um assassino profissional encarregado de matar a testemunha. E o plano dele para executar o serviço não é nada comum: liberar centenas de serpentes venenosas dentro do avião. Ao invés de eliminar o seu alvo, o que o bandido consegue é deixar os passageiros e a tripulação em pânico, ao mesmo tempo que o público se diverte com a "bizarrice" do enredo. Nos EUA, o crítico Kyle Smith, do New York Post, disse que o diretor David Ellis não tem o talento de um Quentin Tarantino ou de um Roberto Rodriguez para fazer uma trama ridícula funcionar. O resultado prova que ele está certo. Mas o filme vale como uma sessão de diversão garantida.

Um pouco mais interessante é a animação "Lucas – Um Intruso no Formigueiro", capitaneada por Tom Hanks na produção. No papel-título, o pequeno Lucas acaba de se mudar de cidade e vive os problemas de adaptação de uma criança em um ambiente novo. Sem o suporte dos pais, e convivendo com uma avó maluca e uma irmã complicada, o garoto ainda tem de lidar com o "valentão" da vizinhança. Frustrado, Lucas desconta tudo sobre um formigueiro, no quintal de sua casa. Neste mesmo local onde o menino pisa e acerta jatos de água vive uma sociedade complexa, que tem em Lucas "O Destruidor". E o contra-ataque dos insetos vem quando o menino é reduzido, através de mágica, ao tamanho das mesmas em que ele antes pisava. De posse do garoto, as formigas decidem julgá-lo. A "punição" para Lucas é viver entre elas e aprender a sua forma de vida. É ai que a aventura começa.

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