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Nem só de saltos e maquiagem vive o São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda da América Latina. Paralelamente aos desfiles, acontece uma feira de negócios, onde mais de 60 grifes mostram a compradores nacionais e estrangeiros, suas coleções. Para esta edição, os organizadores esperam movimentar cerca de R$ 1 bilhão. Para colocar o evento em pé, foram investidos R$ 6 milhões.

Graça Cabral, diretora corporativa da SPFW, conta que, diariamente, entre 400 a 450 compradores de lojas multimarcas e magazines do Brasil e do exterior passam pela feira (que se chama FW House + B). "Isso significa que o que é lançado aqui pode chegar em seis mil pontos de venda só no Brasil", afirma ela.

Ela explica que, como a edição atual é para lançar coleções outono-inverno, que são tradicionalmente menores que as de primavera-verão, o volume de negócios deve ser 10% menor que o da última edição. Mesmo assim, Paulo Borges, o idealizador do SPFW, disse que a feira de negócios não cabe mais dentro da Bienal. "Muito provavelmente teremos que mudar de lugar na próxima edição, para fazer caber tanta gente".

Ano difícil

Em 2006, as duas principais semanas de moda do país, o SPFW e o Fashion Rio, movimentaram, juntos, quase R$ 1,2 bilhão. Valor considerado baixo pela indústria, que reclama de falta de política do governo para o setor, do dólar barato (produtos importados ficam mais baratos) e da concorrência com a China. "Foi um ano engessado. Tivemos pouco investimentos em razão da Copa do Mundo e uma paralisação no país por conta das eleições. Além disso, não temos uma política de governo para o setor. Está mais do que na hora de o governo olhar com mais atenção", afirmou Graça.

Pode parecer meio chato falar de política em evento de moda, mas até Paulo Borges, o idealizador da SPFW, está de olho no que acontece em Brasília. Em entrevista a jornalistas, na abertura do evento, ele mencionou o Programa de Aceleração do Crescimento anunciado esta semana pelo governo, e afirmou que "apesar de não sabermos muito bem aonde o programa nos leva, todos concordamos que está na hora do país crescer".

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