Sem adrenalina, "Alex Rider Contra o Tempo" decepciona

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A idéia de um James Bond júnior pode funcionar bem nos livros de Anthony Horowitz sobre Alex Rider, mas não foi tão bem transposta na primeira adaptação dos trabalhos do autor para o cinema, "Alex Rider Contra o Tempo", um trabalho decepcionante assinado por Geoffrey Sax.

"Alex Rider" possui todos os elementos necessários a um filme estilo Bond: um herói bonitão (Alex Pettyfer), um chefe de espionagem bizarro (Bill Nighy), dois vilões malévolos (Mickey Rourke e Damian Lewis), um mestre de engenhocas mirabolantes (Stephen Fry) e uma coleção de mulheres bonitas e dublês que fazem façanhas ousadas.

Alguns desses elementos funcionam razoavelmente bem, especialmente Bill Nighy no papel do chefe do serviço secreto britânico MI6 e Stephen Fry como o cientista. Ambos poderiam muito bem fazer testes para os papéis equivalentes representados por Judi Dench e John Cleese nos filmes "007".

No papel do agente secreto júnior, Pettyfer está bonito, atlético e loiro, mas seus traços são um pouco brandos demais para sugerir um herói viril em formação.

Alex Rider parte para a ação imediatamente após a sequência de abertura, em que seu tio Ian (Ewan McGregor), um homem de ação, é visto saindo-se mal numa perseguição de moto e carro que não chega realmente a gerar muita adrenalina.

Rapidamente recrutado para o Serviço Secreto de Sua Majestade, o jovem Alex se mostra hábil em enfrentar grupos de bandidos e a gama habitual de pistoleiros e criados desagradáveis empregados por vilões megalomaníacos. Seu adversário principal é Rourke, mas fica claro que seu papel deixou o ator entediado, e o resultado disso é que falta ao filme um senso real de suspense ou perigo para o herói ou para as vítimas de costume, os transeuntes.

Destituído do tipo de magia surrealista e sustos esdrúxulos que animam os filmes "Harry Potter", Alex Rider dificilmente será premiado com a licença para matar o espectador de emoção.