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Réveillon fora de época realizado em 2013 no Largo da Ordem | Antônio More / Gazeta do Povo
Réveillon fora de época realizado em 2013 no Largo da Ordem| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

Fogos de artifício, brindes e votos de feliz ano novo. Em março? É a proposta do “Réveillon Fora de Época”, evento já tradicional no calendário curitibano, que acontece no próximo sábado (18), na Praça da Espanha. A ideia, que surgiu despretensiosamente entre amigos em 2011, via redes sociais, era celebrar à meia-noite o “verdadeiro” início do ano, seguindo o ditado popular de que no Brasil ele só se inicia depois do Carnaval. A brincadeira, porém, cresceu: as últimas edições, realizadas em 2012 e 2013, contaram com uma média de 20 mil participantes. Já para este ano estimam-se entre 4 e 5 mil presentes.

“É uma iniciativa sem fins lucrativos e agora estamos querendo fazer algo mais elaborado para promover cultura, como bandas locais”, explica Marlon Ramos, um dos organizadores. “Ainda estamos aguardando a autorização da Secretaria do Meio Ambiente (SMA) e mais alguns órgãos públicos. Até aqui, tudo sempre ocorreu sem autorização”, complementa.

Segundo Marlon, foi encaminhada proposta para a CAGE (Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte) e SMA. “A burocracia é muito grande para um evento que está no calendário oficial do Estado do Paraná”, diz, se referindo a lei aprovada na Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Beto Richa em 2012, que determinava a data para realização no segundo sábado após a quarta-feira de Cinzas. “Mudamos para o terceiro sábado para as pessoas terem mais tempo de se programar”, justifica.

A informação da organização, porém, contradiz os órgãos públicos: questionada, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) informa que foi procurada pela organização do evento via Facebook e orientou os organizadores a contatarem a CAGE. A Fundação reforça ainda que em nenhum momento foi protocolado ou encaminhado um pedido de apoio oficial por parte da organização. Já a Prefeitura informa que “até o momento a CAGE não recebeu nenhuma solicitação por parte dos organizadores”. A Polícia Militar não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

Passado

Em edições anteriores, mesmo sem apoio oficial do poder público, policiais militares e guardas municipais fizeram a segurança de toda a praça, enquanto banheiros químicos foram instalados pela Prefeitura de Curitiba para atender os participantes. “Quando contamos com esse apoio, foi mais tranquilo. Na Praça da Espanha nunca enfrentamos grandes problemas, apenas alguns casos isolados”, diz Marlon. A última edição, realizada em 2013, aconteceu no Largo da Ordem.

Opinião não corroborada por comerciantes locais. O proprietário de um estabelecimento, que preferiu não se identificar, questiona a viabilidade do evento. “Nas primeiras edições deixaram muito lixo, carros circulavam com o som alto e uma infinidade de problemas do gênero”, explica. “O local não comporta um público desse porte. Toneladas de resíduos foram recolhidas e anos atrás foram necessárias manutenções estruturais, como em bancos e lixeiras. Além de o número de banheiros instalados nunca ter sido sequer próximo ao suficiente”, conclui.

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