Depois dos palcos e das apresentações de cada dia do Festival de Dança de Joinville, as atividades nos bastidores ainda vão longe. A necessidade de troca de adeptos da dança de diversos lugares que se encontram na cidade faz as conversas entrarem madrugada adentro. Desses intercâmbios informais surgiu a ideia dos Seminários de Dança, como explica a coordenadora Thereza Rocha. Hoje, no 8º ano em que fazem parte do Festival, os Seminários reúnem o pensamento acadêmico ao mesmo tempo que procuram se aproximar da prática de diferentes modalidades.
Esse ano, o tema dos Seminários foi "Deixa a rua me levar!", realizados entre 26 e 28 de julho, com conferências, espetáculos, conversas e apresentação de trabalhos acadêmicos. A coordenadora dos seminários explica que a ideia do tema surgiu da necessidade de se dialogar com o que aconteceu no Brasil com os protestos de 2013, que tomaram as ruas. Além disso, havia a demanda da organização de Festival de haver um espaço para tratar das danças urbanas e danças populares.
Durante um dos bate-papos, o pesquisador Thiago Amorim, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) sintetizou a importância de se falar sobre o espaço urbano que historicamente é ligado à dança. "A rua é o lugar da dança. Tratar da dança na rua é meio que uma volta para casa".
Ao avaliar os encontros desse ano, Thereza diz que o que ficou de mais significativo foi trazer para os seminários a mesma dinâmica da dança na rua, em que os interessados se sentiram não apenas expectadores, mas participantes.
- O múltiplo Festival de Joinville
- Festival de Dança de Joinville começa hoje
- Deborah Colker se apresenta neste fim de semana em Curitiba
- Começa o Festival Internacional de Hip Hop em Curitiba
-
“America Great Again”: o que pode acontecer com o Brasil se Trump vencer a eleição
-
Fugitivos: traficantes defendem “saidinhas” e Marina Silva foge de falar das queimadas
-
Jornalista dos Twitter Files Brazil prestará depoimento na Câmara dos EUA na terça (7)
-
Israel compara protestos em universidade à Noite dos Cristais nazista