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Justamente quando o filão das comédias de terror envolvendo zumbis, canibais ou parasitas do espaço parecia ter se esgotado, chega o filme "Seres rastejantes", um acréscimo bastante instigante ao gênero.

Como no longa "Todo mundo quase morto", o novo filme encontra um bom ponto de equilíbrio entre o horror e a comédia. O trabalho marca a estréia na direção do roteirista James Gunn.

O elenco consegue transmitir o tom irônico com perfeição, e o resultado é uma paródia que homenageia os excessos encharcados de sangue dos anos 1980.

Pedindo desculpas aos filmes "Calafrios", de David Cronenberg, e "A vingança", de Frank Henenlotter, Gunn funde as diversas influências e produz uma mutação interessante.

O sempre confiável Michael Rooker ("Henry - Retrato de um assassino") faz o papel de Grant Grant, um cidadão da pequena cidade de Wheelsy que certa noite chega perto demais do que parece ser um meteoro caído - e, sem saber, se torna hospedeiro de uma forma de vida alienígena diabólica.

Como se não bastasse sua transformação num monstro horrendo, portador de tentáculos e com fome de consumir carne, Grant também começa a parir centenas de lesmas assassinas vermelhas que se esgueiram para dentro das bocas de suas vítimas e as transformam em zumbis comedores de carne humana.

O nobre chefe de polícia Bill Pardy (o Nathan Fillion de "Serenity - A luta pelo amanhã") decide pôr fim à praga sinistra, movido em parte pela paixão que nutre pela bela mulher de Grant, Starla (Elizabeth Banks). Ele tem a ajuda do prefeito da cidade, representado com humor histérico por Gregg Henry.

James Gunn, cujos trabalhos anteriores como roteirista abrangem desde "Tromeo & Juliet" e "Scooby-Doo" até o remake lançado em 2004 de "Madrugada dos mortos", conserva o clima cômico-horrendo pela maior parte do filme, flertando com o mau gosto exagerado, mas não chegando a abrandar as sequências provocadoras de asco no espectador.

Os acertos do filme também incluem as atuações, todas no estilo direto da de Michael Rooker, e os efeitos especiais.

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