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Programe-se

Ariano Suassuna – Arte como Missão

Caixa Cultural (R. Cons. Laurino, 280 – Centro), (41) 2118-5111. Abertura da exposição O Decifrador amanhã, às 19 horas. Visitação de terça-feira a sábado, das 9h às 20h; e domingo das 10h às 19h. Até 17 de agosto. O ciclo de filmes ocorre entre 11 e 13 de agosto. Todos os eventos têm entrada franca.

  • Ariano Suassuna (1927-2014) em sua casa, no Recife: exposição revisita o cotidiano do autor

Proporcionar um encontro entre o escritor paraibano Ariano Suassuna (1927-2014) e o público foi o objetivo principal do produtor Elias Sabbag ao formatar o projeto multimídia Ariano Suassuna – Arte Como Missão, que chega a Curitiba amanhã na Caixa Cultural. O evento, que teria presença do ensaísta em uma aula-espetáculo no Teatro Guaíra, virou homenagem póstuma, e traz uma programação com exposição, ciclo de filmes e a distribuição de um almanaque sobre a vida do romancista.

"Ele se preparava com todo o entusiasmo para a vir a Curitiba, um lugar sobre o qual ele tinha uma expectativa muito alta", conta Sabbag, idealizador do projeto ao lado de Marcos Azevedo. "É o primeiro evento sem a aula-espetáculo e, para nós, está um vazio imenso. O pessoal do Teatro Guaíra tinha sido muito receptivo, acatou a ideia com a maior simpatia. Gostaríamos muito de ter proporcionado essa conversa", frisa.

A iniciativa passou por Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Recife e acabou sendo uma despedida de Suassuna, que vinha ministrando aulas públicas também por todo o estado de Pernambuco, onde vivia. Como parte do projeto, a última apresentação do autor foi em Salvador, no dia 16 de julho, uma semana antes da sua morte, com apresentação no teatro Castro Alves – em uma hora, se esgotaram os 1,8 mil ingressos disponíveis.

Cotidiano

Na exposição O Decifrador, o visitante poderá ver fotografias de Suassuna feitas pelo artista Alexandre Nóbrega, também seu agente nos últimos 15 anos. Na mostra, foram reunidas imagens de situações cotidianas do escritor, seja descansando em sua casa, no Recife, ou deitado, lendo no chão de algum aeroporto – foto que rodou as redes sociais –, o que era, aliás, uma atitude comum do paraibano, segundo Sabbag. "Ele fazia isso naturalmente, as fotos são um compartilhamento da intimidade do Ariano. O Alexandre conseguiu chegar em lugares que dificilmente outros fotógrafos chegariam. São registros importantes para o entendimento da obra dele, além de plasticamente muito bonitos."

O público também terá acesso a um almanaque sobre a vida e a obra de Suassuna, elaborado por um dos maiores pesquisadores do seu trabalho, Milton Luna. "Todas as imagens do livro são arquivo pessoal do próprio Ariano, algo que dificilmente se faria agora. O objetivo foi trazer informações que sirvam tanto para quem não conhece o Suassuna, até para admiradores de sua obra, numa linguagem de almanaque, tradição da cultura nordestina", fala Sabbag.

A partir do dia 11, o projeto inicia um ciclo de filmes com obras do autor adaptadas para o cinema – leia mais ao lado –, além de exibir o documentário Princesa do Sertão, que traz depoimentos de várias pessoas, entre eles Suassuna, sobre a cidade de Princesa, na Paraíba, que em 1930 se declarou território livre – o que teria impulsionado a Revolução de 30.

Cinema

Veja quais são os filmes do ciclo, que começa no dia 11. Todas as exibições têm entrada gratuita:

Dia 11, segunda-feira

Às 14 horas

O Sertãomundo de Suassuna. Direção: Douglas Machado. Duração: 1h19min. Classificação indicativa: livre.

Às 16 horas

A Farsa da Boa Preguiça. Direção: Luiz Fernando Carvalho. Duração: 57min. Classificação indicativa: 12 anos.

Às 17h30

O Auto da Compadecida. Direção: Guel Arraes. Duração: 1h 44min. Classificação indicativa: livre.

Dia 12, terça-feira

Às 14 horas

Princesa do Sertão. Direção: Deraldo Goulart. Duração: 2h13min. Classificação indicativa: livre.

Dia 13, quarta-feira

Às 14 horas

Quaderna. Direção: Alexandre Montoro. Duração: 47min. Classificação indicativa: livre.

Às 15h30

O Santo e a Porca. Direção: Mauricio Faria. Duração: 39min. Classificação indicativa: livre.

Às 16h30

A Pedra do Reino. Direção: Luiz Fernando Carvalho. Duração: 4h36min. Classificação indicativa: 12 anos.

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