Certos atores que começam a carreira ainda crianças e ficam marcados por um personagem jamais conseguem se livrar desse estigma. Já Daniel Radcliffe tem o mérito de ter dado conta da carreira pós-Harry Potter, série de filmes em que viveu o bruxo de mesmo nome por dez anos. Pelo menos é isso que ele mostra na interpretação convincente de A Mulher de Preto, que estreia nesta sexta-feira nos cinemas.
No filme dirigido por James Watkins e baseado no romance homônimo de Susan Hill Radcliffe vive o advogado Arthur Kipps, um jovem viúvo, pai de um menino de quatro anos, que tenta se livrar da dor da perda da esposa e ainda conseguir ascensão na carreira. Como uma espécie de teste, ele é enviado de Londres a um vilarejo no litoral da Inglaterra no início do século 20. Arthur precisa colocar em ordem os papéis de uma cliente recém-falecida e vender a sua mansão, considerada pelo povoado um lugar amaldiçoado pelo fantasma de uma mulher com sede de vingança. Toda vez que ela é vista, uma criança do vilarejo morre em circunstâncias violentas ou sombrias.
E é ali que o rapaz precisa decifrar a vida da mulher e de sua família, enquanto surgem mais sustos do que sangue. Não de uma forma inteligente, mas pelo menos o longa rende alguns bons momentos de medo.
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