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“Lovlovlov” falará de cartas de amor de Carmen Miranda. | Elenize Dezgeniski/Divulgação
“Lovlovlov” falará de cartas de amor de Carmen Miranda.| Foto: Elenize Dezgeniski/Divulgação

O que 2016 reserva para nós, frequentadores do teatro? Pela empolgação de alguns grupos da cidade, o ano promete ser bom.

Muitos artistas preferem estrear espetáculos durante o Festival (que, neste ano, vai de 23 de março a 3 de abril), mas já em fevereiro o Antropofocus apresenta “No Dia Seguinte”. A peça brinca com os processos rudimentares do início da televisão brasileira.

Veja abaixo uma sinopse desta e de outras estreias do ano:

1. No Dia Seguinte

A peça fica de 17 de fevereiro a 13 de março na Cia dos Palhaços. O grupo Antropofocus aborda em forma de comédia o início da televisão brasileira nos anos 1950, quando tudo era feito ao vivo e na base do improviso. O curioso é que, do extenso repertório da companhia, essa é apenas a segunda vez que eles criam um espetáculo com começo, meio e fim – o outro foi “Porcus”, em 2007. A preferência, nas demais produções, tem sido pelo formato de esquetes. “O desafio é partir de um fato histórico e contar a nossa visão dele. O que a mídia tem hoje do clima do primeiro dia? Queremos trazer críticas e reflexões também”, conta o produtor Edran Mariano.

2. Pinóquio

De 9 de abril a 1º de maio, o grupo Obragem apresenta em sua sede uma versão de “Pinóquio”. Partem do original de Carlo Collodi, que tem várias diferenças em relação ao desenho popularizado pela Disney: o boneco tem vida desde que começa a ser esculpido; ele mata o grilo falante logo no começo do livro, e a fada vira sua mãe, amiga e depois avó. Além disso, o texto seminal traz um contexto de trabalho infantil que hoje seria criminoso e muita lição de moral. “Queremos questionar os motivos que levam o boneco a desejar ser humano”, conta o ator Eduardo Giacomini. O boneco será vivido pela bailarina Juliana Alves, que contracena também com a musicista Edith de Camargo.

3. Lov Lov Lov

De 14 de abril a 15 de maio estreia uma produção local com direção “importada” de São Paulo. Isabel Teixeira, que atuou em “Rainha[(s)]”, conduzirá o elenco (Diego Marchioro, Edith de Camargo e Fernando de Proença) por um relato poético sobre uma paixão vivida por Carmen Miranda. A luz é de Beto Bruel e a música será original, composta por Ná Ozzetti. O espetáculo ficará no Cleon Jacques, no Parque São Lourenço.

4. Salomé

“Salomé” promete linguagem do submundo.Divulgação

A história bíblica da mulher que dança e depois pede ao rei Herodes a cabeça de João Batista foi explorada por Oscar Wilde em “Salomé”. A peça embasa a nova produção da Cia. do Urubu, que traz de São Paulo Juliana Galdino para a direção do espetáculo, com provável estreia em setembro. A ideia é apresentar um texto com a linguagem do submundo, conforme conta a atriz Carolina Meinerz, que promete trazer uma trilha sonora pesada para a cena. “É sobre as vontades dos homens, sobre o encontro entre desejos e formas. O homem é um bicho que pede a cabeça de outro homem numa bandeja de prata.”

5. CiaSenhas

Estreia em maio no Portão Cultural uma livre versão da CiaSenhas para o hit alemão “Tchick”, um “road book” que retrata dois adolescentes, um alemão e um imigrante, viajando pelo interior da Alemanha. O livro fez grande sucesso também no exterior. É uma boa promessa: ver uma obra juvenil da potente CiaSenhas.

6. Nuon

De 29 de março até o fim de abril, a Ave Lola apresenta em sua sede um novo espetáculo, que partiu da pesquisa sobre uma pacifista do Camboja para desembocar em cenas com diálogos e depoimentos inspirados na sobrevivência num contexto tropical. “Exploramos o espaço que a poesia tem em tempos de guerra”, conta a diretora Ana Rosa Tezza.

7. Habitat

Este é o nome do projeto em andamento na companhia Súbita, que começou com um solo de Cleydson Nascimento (T3) em dezembro passado. O próximo trabalho será de Janaina Matter, ainda sem título. A ideia é que cada artista do grupo explore a relação entre corpo e casa, de acordo com a diretora Maira Lour.

8. O Pequeno Príncipe

Era um sonho do diretor Maurício Vogue levar ao palco o lirismo do pequeno monarca que desce à Terra. “É um livro muito filosófico, que me dá a impressão de ser mais para adultos do que para crianças. Mas cada um tem seu tempo para entendê-lo”, conta o diretor. A adaptação é de Renan Queiroz e a temporada irá de 19 de março até o fim de junho.

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