O vocalista do The Killers, conhecido pelo visual camaleônico, parece adotar um novo look para cada disco que a banda lança.

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Ele foi um dandy em "Hot Fuss", de 2004, e um caubói urbano em "Sam's Town", de 2006. Para "Day & Age", novo disco a ser lançado no dia 24 de novembro, Brandon Flowers se reinventou novamente e adotou o estilo new wave.

O visual faz sentido, já que o álbum foi produzido por Stuart Price, que trabalha com Madonna. As faixas soam como se tivessem sido retiradas de uma discoteca dos anos 1980.

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Confira entrevista com Flowers.

Pergunta - Muitas bandas de rock têm blogs online. No entanto, você e The Killers são muito mais reservados. Você se sente pressionado para começar um site e contar a todo mundo o que comeu no café da manhã?

Não sou muito bom em falar com os fãs. Não acho que sejamos misteriosos de propósito, mas essa coisa de blog e twitter não faz muito sentido para mim. Eu cresci antes de todo mundo ter computador e site. Não é que não nos importemos com os fãs, é que não sentimos necessidade de nos comunicar com eles desta maneira. Somos tão "da velha guarda" que sequer pagamos alguém para fazer um blog para nós.

Vocês têm liberdade para tomar decisões sobre a divulgação do novo disco?

Estamos muito envolvidos no processo. Tivemos idéias bastante específicas para o videoclipe de "Human" e procuramos diferentes abordagens. Nós nos damos bem com a gravadora e, no passado, dividimos os custos dos videoclipes ou pagamos por eles. Provamos a eles que estamos quase sempre certos e eles nos dão espaço para fazer o que precisamos.

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O videoclipe de "Human" foi filmado em um deserto perto da sua cidade natal, Las Vegas. Foi importante para você fazer o videoclipe ali? Você ainda se sente próximo de Las Vegas?

Todos nós adoramos o sudoeste (dos Estados Unidos). Ainda acho que estou ligado a Las Vegas, apesar de não poder dizer que faço parte do cenário (rock) de lá. Quando começamos, não havia cenário -- nós tocávamos para qualquer um.

A Nike recentemente fez um comercial com a música "All These Things That I've Done". O que você acha do uso de suas músicas na publicidade?

O comercial da Nike me inspirou muito, porque senti que aquela música não fez o sucesso que merecia na América do Norte. Foi ótimo vê-la ganhando mais atenção. Quanto às outras licenças, temos um encontro mensal para aprová-las. Neste encontro, avaliamos todas as propostas e votamos nas melhores. Nunca tivemos uma posição dura e imediata, do tipo "nunca vamos trabalhar com determinadas pessoas ou com determinada empresa".

O novo disco é uma ruptura em relação ao anterior - as músicas são bem mais pop. O que foi responsável pela mudança e como você acha que os fãs vão reagir?

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Não pensamos em demografia quando estamos gravando - nós só queremos agradar a nós mesmos. Se nós gostamos, provavelmente outras pessoas também vão gostar. Na hora de montar o disco, nós escolhemos as melhores músicas, mas também queremos que haja um clima que conecte o disco todo. Havia mais músicas de rock, mas elas não entraram no álbum. No entanto, acho que as músicas que entraram têm momentos mais rock. Quanto aos fãs, gostaria de pensar que eles são inteligentes e têm a mente aberta, logo não querem que reinventemos a roda. Se você é fã há bastante tempo, então está preparado para mudanças.

Desde o primeiro disco, as turnês do The Killers fizeram bastante sucesso. Como serão os shows dessa vez?

Acho que nossas apresentações ao vivo melhoram continuamente e queremos ir quão longe pudermos. Definitivamente, quero tocar em estádios maiores desta vez.