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Em entrevista à Gazeta do Povo, o guitarrista Kerry King (1º à esq.) revelou que o show em Curitiba será composto em grande parte por clássicos | Divulgação
Em entrevista à Gazeta do Povo, o guitarrista Kerry King (1º à esq.) revelou que o show em Curitiba será composto em grande parte por clássicos| Foto: Divulgação

O quatro maiores

Além da turnê mundial do disco World Painted Blood, o Slayer este ano faz mais apresentações ao lado das bandas Metallica, Megadeth e Anthrax, com o projeto The Big 4. Saiba mais

O show The Big 4 reuniu, em junho do ano passado, na Bulgária as bandas Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax pela primeira vez no mesmo palco.

Transmitido no mesmo dia para 800 salas de cinema ao redor do planeta, o concerto que uniu os quatro maiores expoentes do thrash metal mundial também foi lançado em formato de DVD duplo, o que deu ao Slayer o primeiro certificado de platina de sua carreira.

Este ano, o The Big 4 será a principal atração do festival Sonisphere, no Reino Unido, em julho e, em setembro, os quatro voltam a se apresentar em Nova York.

Quando perguntado se havia planos de trazer o The Big 4 ao Brasil, o guitarrista Kerry King acabou com as ilusões daqueles que sonhavam em ver ao vivo os quatro ases do thrash no mesmo palco: "gostaríamos de levar essa turnê para todos os lugares. Somos todos amigos, nossas esposas são amigas, todos se conhecem, tenho certeza de que seria ótimo. Difícil mesmo seria combinar as agendas das bandas para que isso desse certo".

O dia 8 de junho de 2011 ficará marcado para sempre na memória dos fãs de thrash metal curitibanos. Nesta data, desembarca na capital paranaense, pela primeira vez, o quarteto norte-americano Slayer (confira o serviço completo do show), maior ícone deste subgênero do heavy metal, marcado por ser ainda mais pesado e rápido que sua matriz.

No Brasil com a turnê de seu décimo e mais recente disco de estúdio, World Painted Blood (2009), o Slayer, desta vez, trocou o Rio de Janeiro por Curitiba na hora de marcar os únicos shows brasileiros da etapa sul americana da excursão, que tem início na próxima quinta-feira (2), em Santiago, no Chile. Além de Curitiba, o grupo passa apenas por São Paulo, no dia seguinte.

Mas esse não é o único motivo a ser celebrado pelos fãs. Este ano, o Slayer completa três décadas de atividades ininterruptas e celebra os 25 anos de Reign in Blood (1986), terceiro álbum da banda, tido como um dos discos mais influentes da história do heavy metal.

Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o guitarrista e cofundador da banda, Kerry King, foi bem específico ao falar do show que o Slayer apresenta por aqui no próximo dia 8: serão cerca de cem minutos de duração, com um repertório de aproximadamente 20 músicas, entre elas, apenas quatro do álbum que dá nome à turnê. "Acabamos de começar e estamos bem satisfeitos, pois essa é primeira turnê realmente encabeçada pela banda", contou.

King ficou surpreso ao saber que grande parte dos fãs curitibanos do Slayer viajou seis horas de ônibus até São Paulo para conferir as passagens anteriores do grupo ao país. "Sério? Mas isso é muito longe! Fico muito feliz por saber que desta vez ninguém terá de viajar até lá para nos ver. Saibam que vamos fazer algo bem especial para vocês", prometeu.

Ao ser perguntado sobre os motivos que poderiam explicar tamanha devoção dos fãs – o Slayer é dono de uma das bases de fãs mais leais do rock – o guitarrista foi direto ao ponto: igualdade. "Não há nenhuma aura mística em torno da banda. Mantemos nossos fãs sempre bem informados e nos relacionamos com eles normalmente. É comum eles virem falar com a gente em bares e nós trocamos ótimas ideias. Acho que essa relação funciona tão bem, porque, na verdade, somos iguais às pessoas que formam nossa base de fãs", analisa.

Fãs estes que andaram preocupados quanto aos rumores de que World Painted Blood seria o último registro da banda e de que o guitarrista Jeff Hanneman havia deixado a formação. King desmente as fofocas. "Acho que não. A turnê deve ir até outubro e, muito provavelmente, no ano que vem, devemos gravar um novo álbum. Percebo que todos estão a fim disso", revela.

Já Hanneman, longe da banda desde janeiro, quando contraiu fasciite necrosante (infecção das camadas mais profundas da pele) no braço direito, após ser picado por uma aranha, não vem mesmo ao Brasil, de acordo com King. "Ele está bem, mas ainda tem um longo processo de recuperação pela frente", explica. Para substituí-lo, o Slayer recrutou, provisoriamente, Gary Holt, guitarrista da banda Exodus, outro ícone do thrash. "Ele é meu amigo há 25 anos, uma pessoa ótima e um guitarrista incrível".

Serviço: Slayer – World Painted Blood Tour (confira no Guia Gazeta do Povo)

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