Tudo pode acontecer

A definição do vencedores dos troféus Candango não será tarefa fácil para o júri de 35 mm (longas e curtas) do Festival de Brasília – formado por Cássio Starling Carlos (crítico de cinema), Elena Soarez (roteirista), Elisa Tolomelli (produtora), Fernando Duarte (diretor de fotografia), Geraldo Moraes (cineasta), Heitor Dhalia (cineasta) e João Miguel (ator).

Entre os longas, a escolha do melhor é imprevisível, pois não há nenhum título que seja unanimidade. Entre os diretores, a lembrança de Vladimir Carvalho seria mais do que justa. Na categorias de atuação, Maxwell Nascimento (Querô) e Caio Blat (em Baixio das Bestas) se destacam como atores principais; Cassio Gabus Mendes (Batismo de Sangue) deve levar como coadjuvante. Os problemas acontecem na premiação das atrizes, pois duas das ficções competidoras não têm personagens femininos fortes. Dessa forma, o prêmio de atriz principal deveria ir para a novata Mariah Teixeira, de Baixio das Bestas, única protagonista mulher dos filmes do festival; o prêmio de coadjuvante pode ir para Maria Luísa Mendonça, ótima em sua pequena participação em Querô. As três ficções, todas muito bem produzidas, também são favoritas aos prêmios técnicos.