Claire e Frank Underwood estarão agora em lados opostos.| Foto: Divulgação

De temporada em temporada, os conflitos são uma variação do mesmo padrão: Frank Underwood (Kevin Spacey) almeja subir no poder, mas esbarra no caminho com inimigos que tentam derrubá-lo – só para estes serem vítimas de um contra-ataque ainda mais tenebroso.

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E o último episódio da terceira temporada de “House of Cards” já indicava que a nova leva de 13 episódios, disponíveis na íntegra na Netflix a partir desta sexta-feira (4), seguiria a mesma fórmula.

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Personagens

Episódios inéditos trazem novos personagens. Neve Campbell é uma assessora política descrita como brilhante, Joel Kinnaman surge como rival de Frank e Ellen Burstyn vive a mãe de Claire.

Com um agravante: Claire (Robin Wright), a primeira-dama elegante que carrega um constante (e eventualmente assustador) sorriso de Mona Lisa, agora está do lado oposto.

O serviço de streaming não liberou os primeiros episódios para a imprensa brasileira, e as críticas de publicações gringas evitam detalhar a trama por causa de um embargo imposto pela empresa. Mas a reação, até agora, é mista.

Os dias de Frank olhar o tempo todo para a câmera e interagir com o espectador praticamente acabaram – decisão apontada pela revista “Hollywood Reporter” como a mais grave. O clima teatral, traduzido na charmosa quebra da quarta parede, deu lugar a um personagem ainda mais sombrio.

Mudança

Em busca de “novos empreendimentos”, o produtor e showrunner Beau Willimon encerra a sua participação na série, que será comandada, a partir da quinta temporada, pelos roteiristas Frank Pugliese e Melissa James Gibson.

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Evidentemente, Frank nunca foi um herói. Em sua jornada, que começou no Congresso, passou pela vice-presidência e culminou no posto máximo da Casa Branca, sua ambição o levou a recorrer a estratégias questionáveis (e condenáveis).

Virou um assassino, chegando a matar mais de uma vez . A série pareceu se esforçar para humanizá-lo apenas a partir do terceiro ano.

De alguma forma, porém, nunca foi impossível torcer por Frank Underwood, talvez por causa de seu pragmatismo tão obsceno que chega a ser engraçado, ou porque é divertido traçar paralelos entre o mundo político retratado no programa e a vida real.

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Veja o trailer da nova temporada:

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