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O pano de fundo do primeiro episódio da nova temporada da série de televisão norte-americana “Homeland” quer se parecer com um campo de refugiados sírios, mas uma pichação diante da qual a agente da CIA Carrie Mathison passa declara em árabe: “‘Homeland´é racista”.

Outras cenas do seriado, que reestreou nos EUA na semana passada, mostram paredes cobertas com outras mensagens contundentes em árabe, como “Não existe terra natal (homeland, em inglês)”, “‘Homeland’ não é um espetáculo” e “Vidas negras importam”.

As pichações foram colocadas no set de filmagem da atração, que foi gravada em Berlim no meio do ano, por um trio sediado na Alemanha chamado “Artistas de Rua Árabes”.

Contratados para criar uma área nos arredores de Berlim que se assemelhasse a um campo de refugiados no Líbano, eles aproveitaram a oportunidade para se manifestar sobre a forma como a série retrata os esforços da inteligência dos EUA para frustrar tramas terroristas no Oriente Médio.  

Depois que o episódio foi ao ar na rede Showtime, no domingo, e seu subterfúgio passou despercebido, o trio revelou o que fez.

“A série adquiriu a reputação de ser o programa mais preconceituoso da televisão por seu retrato inexato, generalizante e altamente enviesado de árabes, paquistaneses e afegãos, assim como por seus erros grosseiros de representação das cidades de Beirute, Islamabad - e do assim chamado mundo muçulmano em geral”, disseram os artistas Heba Amin, Caram Kapp e outro que só usa o nome Stone, no site de Amin.

O seriado já foi criticado por seus erros factuais e acusado de usar estereótipos na maneira como retrata o Oriente Médio e a cultura islâmica.

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