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Cauã Reymond mostra que está cada vez mais interessado em atuar no cinema | Divulgação/Edson Vara
Cauã Reymond mostra que está cada vez mais interessado em atuar no cinema| Foto: Divulgação/Edson Vara

GRAMADO - No ano passado, a passagem de Xuxa, a Rainha dos Baixinhos, pelo Festival de Cinema de Gramado causou incômodo no público e na crítica interessados em cinema. Diante disso, este ano, as poucas celebridades que causam frisson no tapete vermelho estão, quase todas, ligadas aos filmes exibidos na tela do Palácio dos Festivais.

A mais aguardada pelos fãs que vigiam sem cessar o tapete vermelho foi o ator Cauã Reymond, que fez uma aparição relâmpago na noite de esibição do filme Não se Pode Viver Sem Amor, de Jorge Durán, na segunda-feira passada. O galã, que atua ao lado de Angelo Antonio e das curitibanas Simone Spoladore e Fabíula Nascimento, pediu uma licença de poucas horas das gravações da novela Passione, da Rede Globo, para prestigiar a sessão em sua primeira vinda ao festival. Minutos depois, pegou um avião para voltar ao Rio.

O empenho do ex-modelo de 30 anos – que começou sua carreira na novela juvenil Malhação, após estudar interpretação no lendário Actor’s Studio, em Nova York, e hoje já é dono de prêmios por sua atuação como o mimado Halley, na novela A Favorita – demonstra a sua vontade de conquistar um lugar ao sol no cinema brasileiro, a exemplo de outros jovens atores como Daniel de Oliveira e Caio Blat e os já veteranos Rodrigo Santoro e Selton Melo.

"O filme fala da saudade, da sensação de se estar longe de casa", disse Cauã para a multidão de fãs e repórteres de televisão que o cercaram em Gramado. Sua escolha para interpretar um jovem advogado que opta pela criminalidade para tentar resolver seus problemas financeiros e conquistar a dançarina de boate interpretada por Fabíula Nascimento, no filme de Durán, se deveu a sua ótima atuação em Se Nada Mais Der Certo, do diretor de Brasília Luiz Eduardo Belmonte. "Mas lembro que, muito antes disso, levei o DVD do filme Odiquê ao Durán e ele nem me deu bola", brincou.

O filme de 2006, dirigido por Felipe Joffily, marcou a estreia do ator nas telonas como um dos três amigos de classe média cariocas que precisam arrumar dinheiro para passar o Carnaval na Bahia e acabam envolvidos em roubo e sequestro. Depois dele, Cauã faria outros nove filmes em apenas seis anos, quatro deles somente em 2009. "No começo você não escolhe muito não. Tem de fazer o que aparece. Agora já penso nos diretores com quem quero trabalhar", diz o ator, que nas horas vagas gosta de assistir a DVDs com a namorada, Grazi Massafera.

A julgar pelos nomes que o escolheram, Cauã logo poderá ter o privilégio de escolher. É o caso de Belmonte, Durán, Carlos Reichenbach (Falsa Loira), José Alvarenga Jr. (Divã), Heitor Dhalia (À Deriva), Toni Venturi (o inédito Estamos Juntos), e o estreante em longas André Ristum (o também inédito Meu País, em que vive o irmão caçula do protagonista Rodrigo Santoro).

Assediado por sua beleza e o porte atlético – ele foi bicampeão brasileiro de jiu-jitsu antes de optar pela carreira de ator –, Cauã vem fazendo inclusive papeis contrários aos normalmente relegados aos galãs. Um exemplo é o homossexual Murilo, que vive um triângulo amoroso com Leandra Leal e o ator argentino Nazareno Casero no filme ainda inédito de Venturi. Há ainda o angustiado jornalista Léo, do instigante Se Nada Mais Der Certo, que se envolve afetivamente com o taxista Wilson (João Miguel) e a andrógina Marcin (Caroline Abras). E, no filme de Durán, o advogado de alma em frangalhos que será salvo por um milagre.

Cauã se diz otimista sobre o futuro dos filmes nacionais. "Acho que o cinema brasileiro está dialogando mais com o público." Sua presença nas telas é mais do que bem-vinda – seja para atrair mais público para o cinema nacional, seja pelo seu carisma e talento que, a depender das próximas escolhas que fizer, o levarão a encentar inúmeros bons papeis nas telonas do país.

A jornalista viajou a convite do Festival de Gramado.

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