Uma história de amor efêmero

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Pawel Pawlikowski nasceu em Varsóvia, Polônia, estudou Literatura e Filosofia, e acabou dirigindo documentários para a tevê britânica. Estreou no cinema com Last Resort (2000), produzido em 16 mm e aclamado pela crítica. Mas foi com Meu Amor de Verão, que estréia hoje somente no Unibanco Arteplex, do Shopping Crystal, que ele se consagrou, vencendo o prêmio Alexander Korda de melhor filme britânico no Bafta 2005, o Oscar inglês.

O enredo básico da história está explícito no título. Durante uma temporada de verão, duas garotas de classes diferentes – algo relevante na sociedade britânica –, Mona (Nathalie Press) e Tamsin (Emily Blunt) se tornam amigas e experimentam uma fascinação mútua que, não demora, vira atração.

Mona vem de classe trabalhadora, enquanto Tamsin é de família abastada e teve uma educação privilegiada. Juntas, elas têm de reagir ao mundo, personificado pelo irmão mais velho de Mona, um ex-criminoso que encontrou um sentido para sua vida na religião. Phil (Paddy Considine) tenta impor sua fé à irmã.

Pawlikowski parece sugerir uma releitura dos filmes que falam de histórias de amor intensas e efêmeras. Com sensibilidade, ele conseguiu arrancar duas atuações inspiradas das atrizes Nathalie e Emily, ambas com pouca ou nenhuma experiência cinematográfica. Depois de Meu Verão de Amor, Nathalie já estrelou outra meia dúzia de produções pequenas, todas inglesas. Emily teve mais sorte e chegou a contracenar com Meryl Streep em The Devil Wears Prada, a ser lançado neste ano.