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Para a bailarina Gladis Tridapalli, a coreografia deve trabalhar o trânsito entre pausa e movimento | Divulgação
Para a bailarina Gladis Tridapalli, a coreografia deve trabalhar o trânsito entre pausa e movimento| Foto: Divulgação

Quem é

Saiba mais sobre Gladis Tridapalli, criadora e intérprete de Samambaia – prima da Monalisa.

ACADEMIA - Gladis tem carreira acadêmica: formada em dança pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), tem mestrado em dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente, é professora da FAP.

CRIAÇÃO - Seu primeiro trabalho-solo, Attraverso, recebeu uma bolsa para pesquisa de uma fundação em Nova Iorque.

PROFISSÃO - Sua vida profissional transita entre as áreas de educação e criação. Gladis ainda participa de um coletivo de dança.

Ausência de movimentos, o corpo parado. O que seria incomum em uma apresentação de dança é a proposta de Gladis Tridapalli para Samambaia – Prima da Monalisa, espetáculo que estreia hoje na Casa do Damaceno. Esse é o segundo trabalho solo da bailarina e foi desenvolvido depois de muita pesquisa. Gladis recebeu uma bolsa da Fundação Nacional das Artes (Funarte) para desenvolver o projeto. "Para a Região Sul, foram distribuídas duas bolsas para criação artística e coreografia e é muito especial, porque financia a pesquisa. A coreografia é só a síntese", afirma.

A proposta, que foi pensada especificamente para o edital da Funarte, dá continuidade ao Attraverso, seu primeiro trabalho-solo e trabalha questões específicas da dança. "Para mim, como bailarina, a pausa é algo muito difícil para se fazer", diz Gladis. A partir dessa dificuldade e da tentativa de permanecer em pausa é que o projeto foi delineado, focando na relação do corpo com o espaço e o tempo e na ambiguidade entre o se mostrar e ocultar, presentes na figura da samambaia e da Monalisa.

Segundo Gladis, a samambaia é uma planta que se domesticou, mas enquanto está parada, servindo de enfeite, continua crescendo. Já a Monalisa representa aquela figura posada, contudo, está repleta de vida por dentro. "O trabalho fala sobre essa exposição e de como se colocar para ser vista", completa.

A coreografia coordena "um trânsito entre pausa e movimento, mas tudo é movimento". Gladis manipula tudo no espetáculo: dança, luz e som. "Eu monto a cena que é condizente com o processo. A dança foi criada para ser vista pelo público", explica.

Paralelo

A apresentação é o resumo de um estudo de experimentação. O projeto foi desenvolvido com base em pesquisas e um dos objetivos de Gladis é não deixá-la de lado. Para isso, foi montada uma programação paralela. Algumas apresentações estão agendadas em comunidades carentes, ligadas a projetos sociais. "Isso é fomento e discussão de dança contemporânea. Eu apresento parte da coreografia e depois nós fazemos um debate. E as pessoas também podem experimentar a sensação de dançar."

Uma exposição na Casa Hoffmann pretende desnudar um pouco do processo de criação. Vídeos, escritos e fotografias da pesquisa e livros consultados por Gladis estarão disponíveis para o público.

A perspectiva é de que o projeto tenha continuidade. "Em agosto vou participar do Circuito Compartilhado, projeto que viajará pelo interior do Paraná com várias apresentações", diz Gladis. O objetivo é fazer um intercâmbio com artistas do interior do estado.

Serviço

Samambaia – Prima da Monalisa. Casa do Damaceno (R. Treze de Maio, 991), (41) 3232-3809. De 25/6 a 5/7. Quinta a sábado, às 20h30, e domingos, às 19 horas. Ingressos: R$ 10 e R$ 5. Programação paralela. Bate-Papo sobre o processo de criação, com interlocução de Rosemeri Rocha e Mônica Infante.Casa do Damaceno (R. Treze de Maio, 991), (41) 3232-3809. Dia 4/7 às 21h30. Exposição Samambaia - prima da Monalisa. Casa Hoffmann (R. Claudino dos Santos, 58), (41) 3321-3228. Dia 8/7, das 14 às 18 horas.

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