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Usando apenas biquínis de folhas que imitam alface, duas ativistas britânicas pelo direito dos animais enfrentaram o frio na terça-feira para pedir aos moradores do Cazaquistão que parem de comer carne de cavalo e se tornem vegetarianos.

O Cazaquistão ganhou fama mundial nos últimos meses por ser a suposta terra natal do comediante Borat, um repórter fictício da TV britânica. A notoriedade acabou levando a entidade Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta) a fazer a campanha contra o consumo de carne no país.

``Enquanto Borat ridiculariza o país, estamos tentando vir aqui com uma mensagem positiva'', disse Yvonne Taylor, de 35 anos, à Reuters. ``Estamos dizendo que virar vegetariano é a melhor coisa que as pessoas podem fazer pela saúde delas e para impedir o sofrimento de animais.''

A culinária cazaque é quase totalmente baseada na carne. A lingüiça de cavalo e a cabeça de ovelha são consideradas iguarias, além de a carne de cordeiro e miúdos fazerem parte da alimentação do dia-a-dia.

De salto alto e biquínis feitos de folhas de alface de plástico, Taylor e Lucy Groom, de 27 anos, tremiam de frio ao segurar seus cartazes em Almaty, com a temperatura pouco acima de zero.

``Temos sistemas imunológicos mais fortes porque somos vegetarianas'', disse Taylor aos repórteres, que vestiam casacos e sobretudos pesados.

Os transeuntes reagiram de formas diferentes à manifestação.

``Acho que elas estão incentivando as crianças a comer verduras, e aí tudo bem'', disse Tursunai, uma professora.

Mas a aposentada Maria Amantayeva não gostou. Para ela, o único problema da carne no Cazaquistão é que ficou cara demais. ''Os cazaques comem carnes há gerações e gerações e muitos viveram até os 90 ou 100 anos'', disse. ``Por que os homens são tão fracos hoje em dia? É porque eles não comem carne suficiente.''

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