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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Curiosidades

• A Família Schürmann levou três anos para refazer o trajeto de Fernão de Magalhães.

• David Schürmann consumiu 400 rolos de filme (o equivalente a 100 horas de filmagem) para produzir o documentário de 92 minutos.

• A facilidade do casal Vilfredo e Heloísa para fazer amizade com povos de outras culturas permitiu a David registrar cerimônias poucas vezes mostradas. É o caso de uma procissão durante a Paixão de Cristo em que um homem é crucificado de verdade.

• O site do documentário traz inúmeras curiosidades, imagens e informações sobre o filme. O endereço é http://www.omundoemduasvoltas.com.br/site.htm

A família Schürmann chega a um novo destino: as telonas. Em 1997, David Schürmann, um dos filhos do casal Vilfredo e Heloísa, embarcou na segunda grande viagem da família pelo mundo e retornou com material para o documentário O Mundo em Duas Voltas – Uma Aventura da Família Schürmann, que estréia hoje nos cinemas.

O filme narra a segunda façanha da família pelos mares. Desta vez, para cumprir um objetivo bem definido: percorrer a rota do capitão português Fernão de Magalhães, que em 1519, partiu com cinco embarcações espanholas em busca de uma rota alternativa para as Índias e acabou provando que a terra é redonda.

Vilfredo e Heloísa partiram de Porto Belo, em Santa Catarina, com David, a equipe de filmagem e a filha adotiva Kat, na época com cinco anos. A presença da menina tem significado especial por sua história, que infelizmente não é contada no filme.

O casal adotou a menina, portadora do vírus HIV, aos três anos. Ela morreu no ano passado, aos 13, com problema cardíaco causado por complicações da doença. "Kat viveu intensamente cada dia. Na viagem, ela tinha uma energia incrível. Era sempre a primeira a acordar. Ela foi uma lição de amor incondicional", conta Vilfredo.

A primeira aventura da família foi agendada com dez anos de antecedência. Quando tinham 25 anos, o casal foi presenteado com uma viagem de uma semana pelo Caribe. Lá, embarcaram em um veleiro pela primeira vez. A experiência foi inesquecível e fez nascer o sonho de possuir um barco como aquele para realizar viagens pelo mundo.

Os dois estipularam um prazo para realizá-lo: 14 de abril de 1984, dia do aniversário de dez anos de David. "Foi quando deixamos de ser normais", disse Heloísa, em depoimento no filme. O casal partiu com os filhos Pierre (com 15 anos), David (com dez), e Wilhelm (com sete) para uma viagem que deveria durar no máximo três anos, mas acabou se estendendo por dez anos.

Aos 17 anos, David desembarcou na Nova Zelândia, onde graduou-se em cinema e televisão. Ficou por lá trabalhando como diretor até que, em 1997, foi escalado pela família para realizar o documentário que se tornaria seu trabalho mais significativo.

Quase sete anos depois de ser filmada, a aventura dos Schürmann emociona na tela grande, não só pelo visual impressionante dos países visitados, mas por permitir ao espectador viajar junto com a família. "Quis fazer um documentário que envolvesse o público como um filme de ficção", conta David. Uma das formas de fazer isso foi contar a história da viagem de Fernão de Magalhães por meio de desenhos criados pelo animador francês Laurent Cardon, de traço bem realista e próximo das gravuras antigas, que ganham vida com os movimentos de câmera.

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