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Miss Bala: mazelas do tráfico de drogas no  México na telona | Divulgação
Miss Bala: mazelas do tráfico de drogas no México na telona| Foto: Divulgação

Nova York - Miss Bala, de Gerardo Naranjo, marcou presença na última terça-feira no Festival de Nova York, cuja edição atual tem poucos títulos latinos. O diretor, que retorna ao evento onde esteve em 2008 com Voy a Explotar, foi bastante aplaudido na sessão prévia para a imprensa.

Naranjo, que despertou atenção em sua estreia com Drama/Mex (2006), volta a abordar os desajustes da sociedade e dos governantes, a violência e o rol de mazelas do México.

O filme, que também teve sucesso em Cannes, onde foi lançado, segue Laura (Stephanie Sigman), uma vendedora de camisetas de Tijuana, que começa o seu dia entrando num concurso local de beleza e acaba, à noite, como cúmplice de uma batalha campal entre o chefão de um cartel de drogas Lido (Noe Hernandez), seu exército de pistoleiros e a polícia.

A trama rapidamente se apossa da menina humilde e a joga através de sequências de violência que expressam o desgosto de Naranjo com a corrupção sistêmica da polícia e os cartéis, acima de tudo os da fronteira da Baixa Califórnia até Tamaulipas, e de San Diego a El Paso, no Texas.

Destaques

O roteiro de Naranjo e Mauricio Katz é econômico e altamente verossímil sob o aspecto dos personagens e da ação, mas no trabalho do diretor e seu fotógrafo Matyás Erdély, o filme atinge seu ponto máximo.

O elenco é ótimo, principalmente Hernandez como Lido. Em seu primeiro papel, o ator tem uma assustadora qualidade, com seus olhos pretos embaçados, sem qualquer brilho, e o estranho carisma de um homem que massacra sem preocupações.

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