Voando alto, perto do céu

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Rio de Janeiro – Nem o céu é limite para a moda. Melhor que isso, ele serve de cenário para a livre expressão da criatividade através da roupa, como foi o caso do desfile da Sommer, ambientado no Planetário da Gávea, no terceiro dia do Fashion Rio, que acontece até amanhã. Órbitas viraram estampas, astronautas inspiração e a cabeça dos estilistas não saiu da Lua, o que resultou numa coleção divertida, colorida, cheia de vestidinhos curtos, toques metalizados e envernizados, macacões, estampas espaciais, tecidos tecnológicos, matelassês e balonês.

A Cavendish também olhou para o céu e preparou uma coleção noturna, estrelada, brilhante e romântica. O preto predominou a passarela, ornamentado por estampa de nuvens, cristais aplicados e suavizado pelo efeito tie-die. O shape curto e soltinho é incrementado pelos detalhes preciosos, como pregas e babadinhos. Batinhas, desta vez com um ar sessentista, mais solto e pouco decotado, servem para acompanhar shortinhos com acabamento balonê, leggings ou meias coloridas. Essa formatação foi usada também pela equipe de criação da Maria Bonita Extra, que reeditou os tubinhos, os redingotes, afastando os tecidos do corpo e sugerindo uma silhueta mais confortável e romântica. A marca emprestou o imaginário do artista plástico Alfredo Volpi e recriou em estampas as conhecidas bandeirinhas.

A mineira Graça Ottoni, por sua vez, costurou a sutileza dos anos 30 à silhueta dos anos 60 (mais uma vez), aliando malha a tecidos nobres e finos, como o crepe de seda pura. Em alta, os drapeados, as formas soltas, lânguidas e simples. Definitivamente, o inverno deixa de lado o efeito slim, com tudo agarradinho ao corpo. O dia ainda teve a Permanente – que trouxe perfume turco para a moda, ainda apostando nas formas largas –, a Drosófila e novos criadores. Ontem teve Alessa, Eliza Conde, Cantão, Reserva, Sta. Ephigênia e TNG e, para hoje, estão marcados Rio Moda Hype, Layana Thomaz, Tessuti, Acquastudio, Juliana Jabour e Redley.