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Elis e Jair Rodrigues em 1965: “dupla dinâmica” | Arquivo/SBT
Elis e Jair Rodrigues em 1965: “dupla dinâmica”| Foto: Arquivo/SBT

Tributo

Elis por Eles

Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Campo Comprido), (41) 3317-3107. Hoje, às 21 horas.

Ingressos esgotados.

  • Pedro Mariano com Cauby Peixoto, um dos convidados do show Elis por Eles

Em 1995, aos 25 anos de idade, o músico Pedro Mariano, filho da cantora Elis Regina (1945-1982) e do maestro Cesar Camargo Mariano, produziu junto com o irmão João Marcello o primeiro tributo à mãe, cantando músicas marcantes do repertório de Elis. De lá para cá, muita coisa mudou: mais distante do luto, Mariano se sentiu livre para fazer, e ousar mais, o que resultou em Elis por Eles, show de homenagem com 14 cantores brasileiros, com apresentação única hoje, às 21 horas, no Teatro Positivo – o espetáculo será gravado e resultará em um CD e um DVD, que será lançado pelo NAU, selo de Pedro Mariano.

Jair Rodrigues (que formava "dupla dinâmica" com Elis nos festivais da TV Record na década de 1960), Cauby Peixoto, Lenine, Roupa Nova, Chitãozinho & Xororó, Seu Jorge e novos talentos como Filipe Catto são alguns dos convidados – cada um vai interpretar uma música de Elis, além do próprio Pedro Mariano, que cantará "O Bêbado e o Equilibrista". O conceito do espetáculo, contou Mariano em entrevista por e-mail para a Gazeta do Povo, foi trazido em 2009 pelos produtores Suzy Scherb e Ricco Antony. "Mas confesso que já tinha pensado em algo. Depois de algumas conversas, nossas ideias se fundiram e o show apareceu." O filho de Elis, que desde o ano passado "trabalha 24 horas por dia no projeto" diz que nunca pensou em elaborar um show similar com cantoras. "Tudo já foi feito nesse sentido e seria muito difícil surgir algo que não soasse repetitivo."

Com as vozes masculinas, Mariano acredita que um universo novo se abre. "Interpretações extremamente femininas cantadas por um homem podem se tornar ainda mais profundas, salientando a composição. Além do mais, é uma possibilidade de mostrar a profundidade da obra de Elis, que atingiu não só as cantoras brasileiras, mas toda uma geração de músicos e artistas."

Para listar os 14 cantores foi fácil, o dilema do músico foi decidir quem cantaria o quê: cada um escolheu uma composição, e Mariano uma opção para cada. "Depois de todos terem feito suas escolhas, eu montei o repertório levando em consideração o ritmo do show e a personalidade de cada cantor. Foi trabalhoso, mas o resultado agradou a todos."

Logística

Além da responsabilidade de escolher canções que representassem o legado deixado por Elis Regina, a produção do espetáculo foi bastante complicada, já que foi necessário fazer ajustes para que as agendas de todos os cantores coincidissem. "Creio que foi o que mais demorou. Só quando conseguimos ter essas agendas é que comecei a decidir o repertório." Essa é uma das várias homenagens prestadas à cantora este ano: Maria Rita realizou shows pelo país cantando apenas o repertório da mãe, e João Marcello organizou uma exposição com fotos antigas, vídeos e entrevistas no Centro Cultural São Paulo. "E ainda há muito por vir, coisas bem legais", garantiu Mariano.

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