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Vídeo | Reprodução/Vídeo Fantástico
Vídeo| Foto: Reprodução/Vídeo Fantástico

De novo

Há alguns anos, Waldemar Niclevicz e o amigo Amir Klink, outro aventureiro que, no entanto, prefere o mar à montanha, acalentam o sonho de repetir um grande feito da história das explorações.

A dupla ainda procura patrocínio, mas, se tudo der certo, embarca em dezembro no veleiro Paratii, rumo à Geórgia do Sul (ilha sob a administração britânica, localizada entre as Falklands e as Sandwich), seguindo os passos de Ernest Shackleton.

Em 1914, o irlandês decidiu cruzar o Círculo Polar Antártico, mas a embarcação naufragou e ele e seus homens passaram meses em um banco de gelo, comendo focas e pingüins.

Quando o sol reapareceu, conseguiram chegar à ilha Elephant. Shackleton reuniu cinco homens para ir, de bote, à Geórgia do Sul. Chegaram à parte sul da ilha, em 1915, e tiveram que atravessá-la, enfrentando montanhas, até chegar à estância baleeira. Três meses depois, os homens que ficaram na ilha Elephant foram resgatados com vida.

O alpinista paranaense Waldemar Niclevicz lança, na próxima quinta-feira (30), em Curitiba, seu terceiro livro: "Um Sonho Chamado K2 – A Conquista Brasileira da Montanha da Morte" (Record, 402 págs., R$ 45,00).

Conhecido desde 1995, quando fincou pela primeira vez a bandeira brasileira no Everest, maior montanha do mundo, Niclevicz compartilhou a façanha com o público brasileiro, em prosa e imagens. A narrativa está no livro "Everest – O Diário de uma Vitória", reeditado recentemente pela Record, e as 200 fotografias, clicadas pelo alpinista, foram publicadas no livro "Everest, Sagarmatha, Chomolungma", da Editora Sagarmatha.

Em 2000, após duas tentativas frustradas, ele, junto com os italianos Abele Blanc e Marco Camandona, chegou ao cume do K2, na fronteira entre o Paquistão e a China. Se perde em altitude para o Everest (o primeiro tem 8.611 metros e o segundo 8.848 metros), o K2 ganha em temperamento: a inconstância do tempo e a subida íngreme renderam-lhe a fama de montanha mais difícil de se escalar.

O desafio da escalada e o prazer que sentiu no período em que permaneceu na montanha foi dividido com o público no livro que será lançado e no DVD "Um Sonho Chamado K2 – A Saga de Waldemar Niclevicz na Montanha da Morte" (Sagarmatha Produções, 62 minutos e 40 minutos de extras, R$ 40,00).

No livro, o alpinista narra a "sensação indescritível" de chegar ao topo do K2, mas também a satisfação de estar ali, em meio à natureza, conhecendo a cultura e as tradições da população local. "Gosto da vida ao redor da montanha. Tanto a natureza quanto as tradições dos homens estão preservadas", contou o alpinista em matéria publicada nesta terça-feira na edição impressa da Gazeta do Povo.

Para coletar material para o livro, Niclevicz levou consigo um diário e uma câmera fotográfica, com a qual produziu as 43 fotos encartadas. Realizar o documentário, foi um pouco mais complicado, pois era necessário incluir uma câmera digital e acessórios como baterias e tripé, na bagagem já excessiva. "Muitas vezes, disparei a filmadora e corri lá para a frente", disse.

Feitos pelo próprio autor, o livro e o DVD (este último, produzido com recurso próprio), Niclevicz diz que seu objetivo é que as pessoas conheçam sua história e "se sintam inspiradas para sair em busca dos seus sonhos".

Serviço: Um Sonho Chamado K2. Lançamento do livro na quinta-feira (30), às 18 horas. Exibição do DVD às 19 horas. Via Ventura Escalada e Fitness (Avenida Cândido Hartmann, 1.377, Mercês) Tel.: 2112-9876.

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