Geração de energia limpa possibilita a autossuficiência ao empreendedor rural e urbano
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  • Por BRDE
  • 30/03/2021 11:54

Na maioria das atividades da economia, a energia compromete uma parte muito significativa e relevante dos custos de produção. Mas reduzir o uso ou mesmo negociar o valor da energia não é algo de fácil realização. Quando esse insumo sofre forte alta no valor, a sustentabilidade da empresa passa a correr sério risco. É o que acontece com a energia nas atividades rurais.

Mesmo em locais em que há subsídio governamental para cobrir os gastos com energia, podem ocorrer mudanças na política implantada. Dessa forma, os empreendedores precisam estar sempre preparados, investindo em eficiência energética e geração da própria energia para depender menos de políticas oficiais ou de outros fatores que podem afetar o valor dessa energia.

A geração de energia limpa possibilita a autossuficiência ao empreendedor rural e urbano que a implementa, oferecendo mais segurança para o negócio. Existe um custo para a geração e a manutenção dessa energia, mas isso se torna muito menor que comprar a energia e pode ser administrado pela empresa geradora conforme sua necessidade e seus períodos de pico.

Essa redução de custo interfere diretamente e positivamente nos resultados da empresa, melhorando seus índices econômicos. Outro fator positivo é que a geração de energia limpa também contribui de forma direta para a saúde do planeta, à medida que utiliza recursos naturais renováveis e de baixo impacto ao meio ambiente.

A geração de energia limpa ainda é restrita a alguns tipos de negócios. Seja para a geração de energia fotovoltaica em indústrias, fábricas ou para o comércio, ou, ainda, para a instalação de biodigestores para dejetos animais, o mercado apresenta equipamentos e tecnologia bem desenvolvidos. Porém, para a geração de energia a partir de certos resíduos industriais ou mesmo lixo urbano, muito pouco foi desenvolvido. Ainda é necessário desenvolver muita inovação nessa área para que todos os tipos de negócio possam adotar a energia limpa.

Como adotar a energia limpa

Embora sejam muitas as dificuldades para a formulação de um projeto de energia limpa, existe um caminho possível. Mas para isso, é necessário seguir alguns passos fundamentais.

O primeiro deles é verificar a necessidade de energia ao longo do ano e a sazonalidade do uso.

O segundo passo é comparar o custo de implantação com o custo da energia comprada, levando em conta que a energia limpa agrega valor social e ambiental ao negócio.

Por fim, é necessário verificar se o recurso para a implantação do projeto está sendo acessado via linhas de financiamento com as melhores condições e prazo do mercado para esse tipo de investimento.

Apoio do BRDE

O BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul facilita o crédito de longo prazo para o empreendedor paranaense e, dessa forma, promove o desenvolvimento com inovação e sustentabilidade. A instituição de fomento dá apoio aos projetos de produção e consumo sustentáveis. E a geração de energia limpa está totalmente dentro deste propósito. Afinal, para garantir que o projeto tenha sucesso e seja sustentável, é importante que se possa contar com a análise de profissionais com experiência em projetos de energia renovável.

O atendimento do BRDE é personalizado, com profissionais das áreas econômica e de engenharia da instituição atendendo aos clientes e orientando sobre as melhores e mais adequadas linhas disponíveis para o financiamento. Eles também avaliam os projetos apresentados sob a ótica da necessidade, da dimensão, dos retornos pretendidos e da regularidade ambiental, tributária e fiscal. O BRDE só opera com recursos de longo prazo e, dessa forma, mais empreendedores conseguem acessar o crédito, pois as parcelas e os juros pactuados são condizentes com este tipo de investimento.

Projetos financiados

Uma empresa que realizou seu projeto de geração de energia fotovoltaica com apoio do BRDE foi o hotel Recanto Cataratas Thermas & Resort, de Foz do Iguaçu (PR). O objetivo do projeto vai diminuir o custo operativo de energia elétrica do hotel e de injeção do excedente de energia na rede de média tensão da Copel, caracterizando o sistema de compensação de energia ou geração distribuída.

A planta solar irá converter a energia de radiação solar em eletricidade através de uma série de módulos fotovoltaicos, que serão instalados em estruturas metálicas fixadas na cobertura do estacionamento do empreendimento. O valor total do investimento será de quase R$ 15 milhões, financiados totalmente pelo BRDE.

Outro projeto financiado pelo BRDE é o da empresa Usina Hidrelétrica Viganó Ltda. A obra, criada em 2013, vai gerar e comercializar energia elétrica através da implantação de uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) para o aproveitamento do potencial hidráulico do Rio Chopim, localizado no município de Cruzeiro do Iguaçu (PR).

O empreendimento ainda está em fase pré-operacional, sem receitas, situação que deve se estender até o final da construção da obra e entrada em operação comercial. A usina será equipada com duas unidades geradoras compostas por turbinas hidráulicas, três comportas de emergência, três grades finas, responsáveis em segurar a sujeira proveniente do rio, e também um limpa-grade, responsável em remover a sujeira acumulada. O sistema elétrico da usina será composto por painéis de comando e proteção, tendo o sistema de automação responsável pela operação remota e desassistida.

Tanto o projeto do hotel Recanto Cataratas Thermas & Resort como o da Usina Hidrelétrica Viganó mostram que a partir de um planejamento bem estruturado e implementado, é possível reduzir os custos e impactos ambientais da empresa, o que impacta diretamente a sustentabilidade e crescimento econômico de uma empresa. Pensou em novos investimentos, pensou BRDE.

Pensou em novos investimentos, pensou em BRDE.