Os riscos da cirurgia bariátrica estão relacionados ao seu porte cirúrgico. A trombose pulmonar, trombose nas pernas e o infarto são riscos de procedimentos de médio e grande porte.
Os riscos da cirurgia bariátrica estão relacionados ao seu porte cirúrgico. A trombose pulmonar, trombose nas pernas e o infarto são riscos de procedimentos de médio e grande porte.| Foto: Freepik
  • Por Clínica Nassif Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR 7.870 – RQE 11.117)
  • 17/09/2021 16:27

A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia de redução do estômago, é uma importante alternativa para a perda do excesso de gordura no corpo, atuando no combate da obesidade e de outras doenças metabólicas, como o diabetes. Seu principal objetivo é reduzir a mortalidade de pacientes com estas comorbidades.

Dependendo da técnica aplicada no procedimento, pode-se retirar parte do órgão digestivo ou criar um desvio no trânsito alimentar, fazendo com que sua capacidade diminua consideravelmente. E isso faz com que o paciente reduza o consumo de alimentos. Enquanto indivíduos não operados conseguem ingerir de 1 a 1,5 litro de alimento, pacientes operados ficam apenas entre os 25 e 200 ml.

Existem técnicas cirúrgicas que por meio da bariátrica fazem o alimento encontrar as enzimas digestivas tardiamente, fator que contribui pela menor absorção de calorias.

Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia bariátrica possui riscos que podem ser intensificados ou amenizados de acordo com os cuidados tomados antes, durante e depois do processo, em conjunto com o acompanhamento médico especializado.

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Os riscos e a estrutura do processo operatório

A cirurgia bariátrica é considerada uma operação segura por apresentar baixos índices de mortalidade, entre 0,1 e 1%. Para isso, medidas cautelares visando redução dos riscos começam já na escolha da equipe médica e no local onde será realizado o procedimento.

Hospitais e clínicas especializadas, com boa reputação e em conformidade com as exigências médicas e sanitárias, são o início de uma cirurgia praticamente livre de riscos.

Isso porque, além de contarem com estrutura e profissionais capacitados que irão garantir a boa execução e o cumprimento dos requisitos perioperatórios, possuem ainda aparatos e melhor preparo para lidar com situações de emergência.

A gravidade do quadro do paciente determina os riscos

Quando a cirurgia bariátrica passa a ser considerada uma alternativa para a redução de peso, há grandes chances de o paciente já estar em perigo, precisando com urgência de mudanças em seu quadro clínico.

Uma vez que doenças metabólicas como a obesidade e o diabetes são bastante graves e possuem interdependências com outras, como a hipertensão, são avaliados os riscos e os benefícios que serão obtidos a partir do procedimento cirúrgico. Ao priorizar essencialmente a sobrevida do indivíduo, os retornos positivos se sobressaem.

A endocrinologista Dra. Ana Cláudia Thá Nassif (CRM-PR 10982/ RQE 4459/ RQE 12982)reforça a importância do trabalho médico multidisciplinar durante o pré-operatório para enfrentar os desafios e complexidades de cada caso, “realizando mapeamento de doenças e possíveis complicações, além de aumentar a motivação e engajar o paciente”.

“Nosso papel inicial é verificar a indicação de cirurgia bariátrica e buscar compreender melhor o que desencadeou a necessidade, se existem distúrbios alimentares e vícios que possam estar contribuindo pelo agravamento do quadro clínico do paciente, contraindicações cirúrgicas e comorbidades”, explica a endocrinologista.

Sobre a atuação da especialidade dentro da equipe multidisciplinar, a Dra. Ana Cláudia Nassif pontua que “o intuito é sempre diminuir as complicações operatórias e possibilitar a manutenção do peso após a operação. Erros alimentares e deficiências nutricionais importantes precisam ser corrigidas antes do procedimento, assim como a compensação de doenças que não estão controladas, como o diabetes e a hipertensão”, finaliza.

O que pode dar errado

Uma das preocupações após a cirurgia bariátrica é com a cicatrização do estômago reduzido. Seu rompimento pode originar infecções generalizadas e sangramentos internos, colocando o paciente em perigo.

Para não forçar o estômago durante sua recuperação, as dietas pós-cirúrgicas da bariátrica levam em conta o volume, o tipo e a consistência dos alimentos. Evoluindo da fase essencialmente líquida para a cremosa, pastosa, branda e, por fim, a dieta geral após melhora completa do organismo.

A embolia pulmonar é outro risco da cirurgia bariátrica.

Doença que consiste na obstrução das artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, pode surgir durante os períodos de repouso após processo operatório. Com coágulos geralmente provenientes das veias das pernas, longos períodos com o paciente deitado podem favorecer seu surgimento.

A cirurgia bariátrica é alternativa para reduzir as chances de mortalidade de pacientes obesos e com outras doenças metabólicas
A cirurgia bariátrica é alternativa para reduzir as chances de mortalidade de pacientes obesos e com outras doenças metabólicas| Shutterstock

Por isso a recomendação médica é para que, assim que o recém-operado sentir-se confiante para ficar em pé, passe a realizar caminhadas leves como forma de prevenção de trombose. Outras formas de cuidados preventivos estão na interrupção do uso de anticoncepcionais, na suspensão do tabagismo e no mapeamento de doenças, realizado previamente pela equipe médica.

No vídeo abaixo, o Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR  7.870 – RQE 11.117) expõe os riscos imediatos, precoces e tardios da cirurgia bariátrica. Confira!

Processo perioperatório

A forma mais eficiente de prevenção a riscos na cirurgia bariátrica é compreender as etapas do processo perioperatório e os cuidados exigidos em cada uma delas, pois como destaca o Dr. André Thá Nassif (CRM-PR 33849/ RQE 22159/ RQE 24920), “mesmo com a técnica cirúrgica já bem estabelecida, proporcionando baixos riscos de complicações no procedimento, é importante explicar ao paciente o que pode acontecer”.

Pré-operatório

A indicação da cirurgia bariátrica se dá aos pacientes que atendam necessariamente a quatro requisitos: IMC superior ou igual a 35, idade mínima de 16 anos, comprovação de falha em tratamentos anteriores com acompanhamento médico, e tempo de obesidade acima de dois anos.

A partir da recomendação do procedimento cirúrgico, o indivíduo passa a ser assistido por uma equipe multidisciplinar de profissionais que vão acompanhá-lo durante todo o processo, como nutricionista, psicólogo, endocrinologista e cardiologista. A equipe determinará a bateria de exames necessários.

Operatório

Levando em conta o perfil de cada paciente e principalmente as especificidades do quadro clínico mapeadas em conjunto com o grupo médico, o cirurgião definirá qual técnica será aplicada.

A cirurgia bariátrica geralmente é realizada por meio da videolaparoscopia. Método minimamente invasivo através de pequenas incisões, que insere uma microcâmera dentro do abdômen para orientar o médico.

Com o avanço da tecnologia, a bariátrica robótica vem sendo uma tendência mundial e já é realidade em Curitiba. Apesar de similaridades nos processos, possui ligeira vantagem em comparação à videolaparoscopia por proporcionar maior precisão e segurança ao médico, sendo mais sutil ao paciente. Porém, seu alto custo ainda é um impeditivo para muitas pessoas.

Pós-operatório

Realizada a bariátrica, a recuperação do paciente com a perda de peso tende a ser rápida e bastante significativa. Contudo, não são raros os casos em que, após a operação, o excesso de peso volte com o passar do tempo. O pós-operatório da cirurgia pode ser dividido em precoce e tardio, por ter diferentes atuações e importâncias.

Precoce: engloba as primeiras semanas e meses. É iniciado já nos dias de internamento, período exigido em toda cirurgia de grande porte para monitorar complicações. Segue para os dias de repouso relativo em casa, concluindo com o acompanhamento médico para o retorno das atividades físicas e profissionais.

Tardio: é a etapa mais importante de todo o processo perioperatório, por ser determinante aos resultados e para a manutenção deles, já que a cirurgia bariátrica é apenas uma alternativa para a redução de peso e a obesidade, uma doença crônica sem cura.

O acompanhamento frequente junto à equipe médica multidisciplinar é importante para monitorar a perda de peso, realizar a suplementação necessária de vitaminas e outros nutrientes. Além disso, a partir dessas análises, é possível identificar complicações de maneira precoce, garantindo maiores chances de cura e impedindo o agravamento do quadro clínico.

A Clínica Nassif (Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR  7.870 – RQE 11.117) é especializada em cirurgia bariátrica e no tratamento da obesidade em Curitiba. Sua equipe de especialistas capacitados trabalha em conjunto para garantir sempre os melhores resultados e uma maior qualidade de vida aos seus pacientes.

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