A cirurgia bariátrica possibilita o controle de doenças metabólicas decorrentes da obesidade, como o diabetes e a hipertensão. Diminuindo também a necessidade de medicações para essas doenças.
A cirurgia bariátrica possibilita o controle de doenças metabólicas decorrentes da obesidade, como o diabetes e a hipertensão. Diminuindo também a necessidade de medicações para essas doenças.| Foto: Shutterstock
  • Por Clínica Nassif Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR 7.870 – RQE 11.117)
  • 17/09/2021 15:42

O diabetes é uma das doenças que compõem a síndrome metabólica, conjunto de doenças crônicas não transmissíveis causadoras de alterações no funcionamento geral do organismo. A interdependência entre elas, agravada pelo excesso de peso, faz com que pacientes corram risco de vida.

Doenças metabólicas possuem como principal característica a resistência à ação da insulina, obrigando o pâncreas a produzir maiores doses do hormônio, que é um dos responsáveis pelo sentimento de fome.

Com isso, os pacientes passam a comer mais, criando-se um ciclo, em que o resultado é o excesso de gordura corporal e a elevação dos fatores de risco causados pelas doenças.

A interdependência entre as doenças

Todo paciente obeso é também metabólico, porque a inflamação das células causada pelo excesso de peso contribui para a potencialização de outras doenças como a hipertensão, a dislipidemia, a esteatose hepática e o diabetes.

A interdependência entre os problemas de saúde é o que determina os riscos e a urgência de intervenções, de forma que o agravamento de uma doença pode também contribuir pela piora de outras. A cirurgia bariátrica é uma alternativa de tratamento com resultados significativos, tanto no controle quanto no impedimento de piora no quadro dos pacientes.

Podendo o diabetes tipo 2 também ser causado pela deficiência na produção do hormônio da insulina no pâncreas, e não só pela resistência do organismo à sua ação, é possível por meio de técnicas da bariátrica ampliar o desenvolvimento de outros hormônios que em maiores quantidades passam a combater a deficiência, garantindo assim maior e melhor qualidade de vida.

Riscos do diabetes e outras doenças metabólicas

Por promover alterações no funcionamento geral do organismo e contar com influência conjunta de diferentes comorbidades, pacientes com diabetes e outras doenças metabólicas decorrentes da obesidade correm risco de vida.

A endocrinologista Dra. Ana Cláudia Thá Nassif (CRM-PR 10982/ RQE 4459/ RQE 12982)reforça que o paciente metabólico possui riscos e destaca a bariátrica como importante via de tratamento. “A cirurgia bariátrica permite o controle de doenças que antes da operação eram praticamente incontroláveis. E isso para o indivíduo obeso e portador da síndrome metabólica é sinônimo de vida, por conta de sua complexidade”.

“Vários trabalhos científicos apontam que o procedimento cirúrgico permite também redução dos medicamentos de uso crônico – para tratar o diabetes e a hipertensão arterial, por exemplo – além de diminuir também complicações e internamentos hospitalares”, conclui a especialista.

A hipertensão, conhecida também como pressão alta, é responsável pelo aumento da força do sangue contra a parede das artérias e veias. É uma doença silenciosa e que apresenta bastante risco, já que potencializa as chances de AVC. Além disso, ela é a responsável por metade das mortes causadas por doenças cardiovasculares.

A elevação do colesterol e/ou dos triglicerídeos é chamada de dislipidemia. Quando os aumentos não são tratados, o excesso de gordura no sangue passa a criar obstruções em veias e artérias, criando condições favoráveis para complicações cardíacas graves.

A esteatose hepática se dá pelo acúmulo de gordura no fígado. Também relacionada ao aumento dos riscos de doenças cardiovasculares, incluindo o derrame cerebral e infarto cardíaco, pode ocasionar problemas renais e, em casos mais graves com ausência de tratamento, evoluir para câncer de fígado.

O diabetes tipo 2 é o que mais está relacionado à síndrome metabólica, por conta da resistência do organismo com a insulina. É caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue.

Critérios a partir da análise dos níveis de glicemia são responsáveis por  diagnosticar o diabetes tipo 2.
Critérios a partir da análise dos níveis de glicemia são responsáveis por diagnosticar o diabetes tipo 2. | Shutterstock

É uma doença grave por ser silenciosa e ter maior incidência na fase adulta, na qual os hábitos carregados ao longo da vida e outras patologias podem agravar seus riscos. O diabetes causa diferentes complicações que podem resultar na perda da visão e infarto.

Seu diagnóstico pode ser feito a partir dos seguintes critérios analisados clinicamente: hemoglobina glicada maior que 6,5%; ou glicemia de jejum superior aos 126 mg/dL; teste de tolerância à glicose maior que 200 mg/dL após duas horas da ingestão do teste; ou pacientes ao acaso com glicemia acima dos 200 mg/dL e sintomáticos.

Cirurgia bariátrica no combate ao diabetes e à síndrome metabólica

Após apresentar resultados significativos no tratamento de doenças que alteram o funcionamento do metabolismo em pacientes obesos, a bariátrica passou a ser também uma cirurgia com exclusivamente esta finalidade. Ou seja, em alguns casos a cirurgia bariátrica independe da obesidade. Os processos são similares, porém os objetivos mudam.

Enquanto algumas indicações de cirurgia bariátrica podem ter como foco principal o combate à obesidade e redução de peso, outras podem ter o foco mais direcionado as doenças metabólicas. A diferença nesses casos é que seu empenho será em reduzir e controlar as chances de complicações causadas pelo diabetes e outras doenças que integram a síndrome metabólica.

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O Dr. Lucas Thá Nassif (CRM-PR 30994/ RQE 22133/ RQE 22134) comenta que no caso do diabetes tipo 2 “a cirurgia bariátrica pode combater as duas causas: a resistência à ação do hormônio causada pela obesidade e a deficiência na produção de insulina pelo pâncreas”.

“Independente da técnica aplicada, o paciente submetido à bariátrica apresenta diminuição na resistência à ação da insulina a partir da perda de peso”, aponta o médico.

Já na segundo causa, o Dr. Lucas Thá Nassif especifica que “existem técnicas que modulam a formação de incretinas, hormônios produzidos no trato gastrointestinal e responsável por retomar a produção de insulina. O principal hormônio envolvido neste processo é o GLP1, existindo também cirurgias bariátricas que trabalham no intestino e aumentam sua produção”.

Sendo indicada principalmente a pacientes com o diabetes tipo 2, a bariátrica tem atuação diminuindo as chances de agravamento da doença. Estes casos não dependem necessariamente da obesidade, uma vez que existem diabéticos magros, mas também em quadro de risco.

Ainda, é importante destacar que em estudo recente publicado na The Lancet – uma das mais antigas e reconhecidas revistas científicas de medicina do mundo – pacientes diabéticos que foram submetidos à cirurgia bariátrica tiveram aumento de nove anos na expectativa de vida, em comparação com outros pacientes que não passaram pelo procedimento.

Qual a técnica mais indicada para tratar a síndrome metabólica?

A cirurgia bariátrica possui dois métodos principais: a gastrectomia vertical, conhecida também como Sleeve, e o Bypass gástrico.

No vídeo abaixo, o Dr. André Thá Nassif (CRM-PR 33849/ RQE 22159/ RQE 24920) explica como funciona a técnica do Bypass gástrico, para quem ela pode ser indicada e como se dá a perda de peso destes pacientes. Confira!

A técnica Bypass é a mais recomendada para controlar o diabetes e a síndrome metabólica. Além de realizar a redução do estômago, também cria um desvio entre o início e o fim do intestino, fazendo com que o alimento percorra um caminho mais curto e rápido no processo digestivo.

Além disso, o Bypass gástrico potencializa a produção de insulina, atacando diretamente a principal característica das doenças que constituem síndrome metabólica, que é a resistência ao hormônio. Isso favorece o controle do diabetes e aumenta a sensação de saciedade durante as refeições, diminuindo o apetite e reduzindo os excessos de gordura no corpo.

A cirurgia bariátrica pelo método Bypass é a mais utilizada no mundo. Sendo um tratamento consolidado e bastante seguro.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o procedimento cirúrgico pode contribuir para avanços expressivos no controle de trinta doenças que estão relacionadas à obesidade.

E para casos de diabetes tipo 2, no qual é mais recomendado, aproximadamente 90% dos pacientes conseguem frear seus impactos e a progressão da doença.

A Clínica Nassif (Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR  7.870 – RQE 11.117)é especializada em cirurgia bariátrica para o controle do diabetes e no tratamento da obesidade em Curitiba. Para isso possui equipe de especialistas capacitados trabalhando em conjunto para garantir maior qualidade de vida aos seus pacientes.

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