Problemas com a alimentação e o sedentarismo são fatores que estabelecem a obesidade.
Problemas com a alimentação e o sedentarismo são fatores que estabelecem a obesidade.| Foto: Shutterstock
  • Por Clínica Nassif Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR 7.870 – RQE 11.117)
  • 17/09/2021 15:31

A mais recente Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019 pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, trouxe percepções sobre os estilos de vida praticados no país. O estudo traz informações sobre a saúde da população, doenças crônicas e dados da saúde bucal, reforçando assim, um alerta recorrente dos últimos anos, que é tema de campanhas da saúde: os altos índices de obesidade.

O Brasil é um dos países com mais pessoas obesas no mundo. Segundo a PNS, um a cada quatro adultos estava afetado pela doença, com destaque para as mulheres – sendo 29,5% destas diante de 21,8% dos homens. A faixa etária de maior incidência da obesidade foi a de 40 a 59 anos.

Outro dado alarmante é da população adulta com excesso de peso: 96 milhões de pessoas, no qual também estão incluídas as que podem se tornar obesas no futuro. Mas qual a diferença entre as classificações?

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Obesidade X Excesso de peso

O critério utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para definir os estados nutricionais é o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado a partir da divisão do peso (em kg) pela altura, elevada ao quadrado (em metros).

A obesidade é identificada em resultados superiores ou iguais a 30 kg/m². Essa doença crônica é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em quantidade suficiente para provocar danos à saúde.

O excesso de peso, por sua vez, se dá em valores iguais ou acima de 25 kg/m². Dessa forma, como a obesidade é um subgrupo dos que estão acima do peso, indivíduos obesos também estão incluídos no grupo dos que têm excesso de peso.

Já a faixa normal de massa corporal, segundo a OMS, varia entre 24,9 e 18,5 kg/m², sendo os indivíduos com IMC inferior os que apresentam magreza.

Mas como a obesidade se estabelece?

De forma geral, o acúmulo de gordura corporal se dá por meio da maior ingestão de calorias do que as que são queimadas por atividades da rotina e exercícios físicos. São diversos fatores responsáveis por potencializar esse acúmulo, da mesma forma que podem auxiliar para reversões de quadro.

O principal fator causal da obesidade é a alimentação. Ao longo das últimas décadas houveram inúmeras mudanças nos estilos de vida e nas dinâmicas sociais, o que por consequência modificou os hábitos alimentares.

Com o passar dos anos, a rotina intensa nas cidades obrigou as pessoas a deixarem de fazer suas refeições em casa, diminuindo o tempo para comer e as fazendo optar por comidas rápidas e bastante calóricas. O que nos faz chegar aos dias atuais, com a forte presença de alimentos ultraprocessados – compostos por altos teores de gordura e açúcar – constituindo a dieta alimentar de milhões de pessoas.

Outro fator que está relacionado à obesidade é a ingestão muito rápida dos alimentos. Isso porque o tempo é fundamental para o sentimento de saciedade produzido pelo cérebro, e a demora para atingi-lo faz com que se coma muito mais.

O consumo em excesso de carboidratos – como arroz, massas e batatas – é outro vilão responsável pelo acúmulo de gordura corporal, assim como a falta de diversidade na dieta. A nutricionista Dra. Nathalia Farinha (CRN 8 4789) aconselha aescolher um alimento de cada grupo e complementar a refeição diversificando com outros distintos.

“Além de evitar alimentos industrializados e priorizar os que passaram por menos processos desde que saíram da natureza, é importante escolher opções alimentares ricas em proteínas, frutas e verduras, separando os carboidratos como finalizadores das refeições, nunca como nutriente principal”, comenta a especialista.

A nutricionista também reforça que “a organização da rotina é o grande pilar para manter a alimentação correta. Por conta da correria, em muitos casos as pessoas deixam para escolher os alimentos na hora da fome, enquanto que a partir de um planejamento das refeições, já tendo elas prontas, é possível fazer melhores escolhas alimentares de forma consciente e menos por impulso”.

Há ainda influências de aspectos culturais como a associação de gordura à saúde, presente por muitos anos no senso comum. Na antiguidade, esteve relacionada com riquezas e fartura.

São recentes a ascensão e o crescimento dos movimentos de preocupação com hábitos alimentares, saúde e também estética. Isso faz com que tais mudanças nos comportamentos e entendimentos das pessoas sobre os temas relacionados ainda não sejam suficientes para reverter a tendência de aumento da obesidade. E novamente, podemos identificar as condições impostas pelas rotinas como motivadores.

Pandemia de sedentarismo e sedentarismo na pandemia

O sedentarismo é outro fator determinante para a obesidade, uma vez que o acúmulo de gordura corporal ocorre pela baixa quantidade de calorias que são queimadas.

Inimigo número um da saúde, por potencializar o surgimento de outras doenças como infarto e AVC, o sedentarismo é classificado pela OMS como a prática de atividade física ou aeróbica moderada inferior a 150 minutos por semana.

Antes da pandemia do novo coronavírus, mais da metade da população mundial era considerada sedentária, aproximadamente 70%.

A luta contra a obesidade é desafiadora e bastante complexa. Casos graves reduzem a mobilidade do paciente impossibilitando a prática de exercícios.
A luta contra a obesidade é desafiadora e bastante complexa. Casos graves reduzem a mobilidade do paciente impossibilitando a prática de exercícios.| Shutterstock

Com as alterações repentinas nas rotinas, houve queda significativa na prática de exercícios. A tomar como exemplo ginásios e academias, que tiveram que se manter fechados em períodos ou se adaptando para receber público de forma reduzida.

Em algumas localidades com isolamento e restrições mais rígidas, se intensificou a diminuição de atividades, incluindo também as rotineiras como caminhadas de deslocamento.

Logo, o cenário de aumento da obesidade e de excesso de peso já observado antes da pandemia, tende a se acentuar durante os meses de enfrentamento à doença.

Ao menos, é o que aponta pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação Oswaldo Cruz, que mostra que quatro em dez brasileiros afirmam ter engordado na pandemia.

É muito importante salientar que o quadro de obesidade é considerado fator de risco para o agravamento da Covid-19, levando a maiores complicações ao paciente e aumentando consideravelmente o índice de mortalidade, por dificultar a recuperação do organismo.

O estado de inflamação das células é potencializado pela infecção causada pelo vírus, sobrecarregando o organismo e diminuindo suas reações de defesa. A capacidade respiratória também é afetada. O acúmulo de gordura espalhada pelo corpo e acomodada em órgãos é outro fator que contribui pelo agravamento dos casos.

Cuidados com a saúde e o combate à obesidade

Cuidar da saúde é fundamental para uma melhor qualidade de vida. Proporcionando efeitos a curto e médio prazo, como maior disposição no dia a dia, e principalmente para o futuro, atuando na prevenção de doenças.

Estar atento aos sinais do corpo e adotar hábitos saudáveis, como os cuidados com a alimentação e a prática regular de exercícios físicos, são medidas fundamentais para combater a obesidade e outras doenças associadas a ela.

“As pessoas devem buscar mais informações sobre a prática de atividades físicas. Conhecer e passar a sentir os efeitos graduais de melhora no corpo são importantes fatores para deixar de ser sedentário”, comenta o educador físico Caio Augusto Schio (CREF 013547-G/PR).

Caio explica que “alguns minutos por dia e algumas vezes na semana, se intensificando e respeitando sempre as condições de cada um, são suficientes para ter mais disposição, bom humor, melhora no desempenho profissional, além de também ajudar no combate de doenças crônicas”.

“Hoje existem diversas modalidades de treinos, inclusive online. Mas é sempre importante contar com o suporte de um profissional para não desencadear problemas físicos”, finaliza.

O excesso de peso possui influência direta em doenças metabólicas – aquelas que provocam alteração no funcionamento geral do organismo. A obesidade está ligada à maior propensão e ao agravamento de casos de diabetes, problemas cardíacos e infartos, derrames cerebrais e diferentes tipos de câncer.

E dada a incidência de múltiplos fatores para estabelecê-la, combater a obesidade pode não ser tarefa fácil. Muitos pacientes encontram dificuldades para fazer isso sozinhos, reforçando o papel fundamental de especialistas na realização de um trabalho conjunto para resultados efetivos.

Auxílio profissional especializado na redução de peso

Além do IMC, o diagnóstico da obesidade e seu acompanhamento precisa ser aprofundado. A multidisciplinaridade da equipe médica é fundamental para o tratamento, atuando em diferentes áreas por melhores resultados.

Entre os profissionais da saúde que são recomendados no tratamento da obesidade, estão os educadores físicos, nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos e cirurgiões, do aparelho digestivo e também da cirurgia plástica. Há ainda casos que exigem o cuidado dos cardiologistas, ginecologistas, dermatologistas e cirurgiões vasculares.

A psicóloga Dra. Juliana Boscolo Piovezana (CRP 08/16036) reforça que “o apoio da equipe multidisciplinar é fundamental. Uma vez que o paciente obeso é multifacetado, um único profissional não consegue trabalhar todos os aspectos necessários para sua melhora”.

E ainda que a obesidade esteja sendo observada como um fenômeno crescente, “é importante refletir cada paciente em sua individualidade para poder propor diferentes formas de abordar o adoecimento, que é um adoecimento tanto no plano físico – que são as características observáveis – quanto no plano emocional – onde muitas vezes o paciente guarda apenas pra si”.

“Precisamos ter a multidisciplinaridade com o plano de fundo para tratar essa doença crônica, de evolução lenta, que leva o adoecimento do ser humano como um todo. Somente o trabalho integrado e complementar pode proporcionar resultados significativos a longo prazo e melhora na qualidade de vida”, conclui a psicóloga.

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