Entre os métodos contraceptivos existentes, é importante receber orientação médica para escolha.
Entre os métodos contraceptivos existentes, é importante receber orientação médica para escolha.| Foto: Shutterstock
  • Por Clinica Vinhagui Dra. Davielle Vinha, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, CRM 19778 / RQE 14980.
  • 03/02/2022 15:59

Uma das mais famosas até então no Brasil, a pílula anticoncepcional já não é o único método contraceptivo à disposição. Hoje, existem várias opções e cada mulher pode escolher a melhor solução de acordo com seu estilo de vida.

Anticoncepcional injetável, Dispositivo intrauterino (DIU), implante intradérmico, adesivos, anel vaginal, comprimidos bifásicos, mini pílulas e preservativos. São várias as opções, mas é na consulta com a sua ginecologista e com o devido acompanhamento ginecológico que você vai saber qual o melhor método para você.

Isso porque a médica leva em consideração as características individuais fisiológicas, assim como também o perfil e as prioridades da de cada paciente bem como e as possíveis doenças associadas, antes de prescrever o método contraceptivo.

Qual método é melhor?

Os métodos contraceptivos são ferramentas fundamentais para o planejamento familiar. Mas é importante lembrar que nenhum deles é 100% eficaz.

Existem alguns fatores importantes na hora da escolha. Por exemplo, para mulheres menos disciplinadas, aqueles que não exigem uso diário acabam sendo mais seguros, pois não há o risco de esquecimento.

Além do perfil e personalidade, para saber qual a melhor opção no acompanhamento ginecológico será realizada a investigação de possíveis problemas de saúde associados, seu histórico familiar, entre outras informações importantes.

Isso é necessário porque os anticoncepcionais também são utilizados como suporte em outros tratamentos, como queda de cabelo, acne, TPM, dismenorreia, endometriose, entre outros problemas.

Há ainda as contraindicações de cada método contraceptivo. Os contraceptivos hormonais, que contêm estrogênio, não são recomendados para algumas mulheres, pois esse hormônio pode aumentar o risco de desenvolver alguns problemas de saúde.

Principais métodos anticoncepcionais

Pode não parecer, mas ainda existem mulheres adultas que ainda não encontraram um método contraceptivo que considerem satisfatório para a sua rotina e, com isso, comprometem sua qualidade de vida.

Com a sua ginecologista você poderá conhecer os diferentes tipos de métodos contraceptivos, suas características e formas de uso.

Pílula anticoncepcional

Talvez esse seja o método mais conhecido entre as mulheres. A pílula é consumida via oral e possui hormônios semelhantes àqueles produzidos pelos próprios ovários, para inibir a ovulação em algumas fases do ciclo menstrual.

Os tipos de anticoncepcional oral existentes são as pílulas combinadas, com a presença de estrogênio e progesterona, e a minipílula, que tem apenas progesterona.

Além de prevenir a gravidez, esse método também pode ser utilizado para outros tratamentos, como os sintomas da TPM, redução do fluxo e da cólica menstrual, regulação do ciclo da menstruação, acne, queda de cabelos, cistos e câncer de ovários.

No entanto, a indicação da pílula deve ser feita pela ginecologista.

Implante anticoncepcional (implanon)

Bastonete bem pequeno inserido sob a pele do braço da paciente, o implante deve ser manuseado por um profissional da saúde.

Esse método libera progesterona, que impede a liberação dos óvulos e engrossa o muco, impedindo, assim, que os espermatozóides percorram o caminho até as trompas.

Além de prevenir a gravidez, o implanon também ajuda a diminuir a dor abdominal causada pela menstruação. O implante pode durar até três anos e deve ser recomendado por uma ginecologista.

Adesivo anticoncepcional:

O adesivo anticoncepcional libera hormônios na corrente sanguínea da paciente.
O adesivo anticoncepcional libera hormônios na corrente sanguínea da paciente.| Shutterstock

Com aparência de um curativo, o adesivo possui hormônios estrogênio e progesterona que são liberados na corrente sanguínea através da pele, impedindo a liberação de óvulos e, com isso, a gravidez.

Neste método, a paciente fica com o adesivo por três semanas e uma semana sem, com a troca feita uma vez por semana.

Anel vaginal

Da mesma forma que o adesivo e a pílula anticoncepcional, o anel vaginal possui estrogênio e progesterona. Ele é feito de material flexível e é inserido no interior da vagina para liberação dos hormônios, impedindo a ovulação.

O anel é utilizado por três semanas, sendo retirado para uma pausa de uma semana. No início do novo ciclo, é inserido um novo anel.

Anticoncepcional injetável

A injeção anticoncepcional também contém hormônios, podendo ser apenas de progesterona, ou de progesterona e estrogênio, impedindo a ovulação e tornando o muco no colo do útero mais espesso.

A aplicação é rápida e, dependendo do tipo, a dose só precisa ser renovada a cada mês ou trimestre. Além de impedir a gravidez, esse método contraceptivo ajuda a diminuir (ou impedir) o sangramento menstrual, reduzindo as cólicas e os sintomas da TPM. Para utilizar esse método contraceptivo é preciso ter uma receita médica.

DIU hormonal

O Dispositivo Intrauterino (DIU) hormonal possui formato de T e é inserido no útero para liberação dos hormônios e, assim, impedir que os espermatozoides fertilizem os óvulos.

Para inserção e retirada do dispositivo é necessário um pequeno procedimento, que deve ser realizado por um profissional da saúde. Esse método pode durar de 5 a 7 anos.

DIU de cobre

O Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre possui o mesmo formato do DIU comum, e também é inserido no útero da paciente por uma profissional por meio de um pequeno procedimento.

Diferente da versão comum, este DIU não possui hormônio. Ele libera uma pequena quantidade de cobre no útero da paciente e, com isso, impede a fertilização. Esse método contraceptivo pode durar até 10 anos.

Seja qual for o método a ser utilizado, é fundamental receber a orientação da ginecologista, que irá analisar se no caso específico da paciente não existe alguma restrição do uso daquele contraceptivo.

Clique e saiba mais.

Dra. Davielle Vinha, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, CRM 19778 / RQE 14980.
Dra. Davielle Vinha, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, CRM 19778 / RQE 14980.| Divulgação