A dor nas costas pode ficar persistente e evoluir para um problema mais sério.
A dor nas costas pode ficar persistente e evoluir para um problema mais sério.| Foto: Shutterstock
  • Por Dr Jonas Lenzi - CRM-PR 23612 | RQE 1812
  • 16/12/2021 18:45

Provavelmente você já sentiu, ou vai sentir, dor nas costas. Isso não representa necessariamente a existência de alguma doença, mas não é por isso que ela deve ser ignorada.

Uma má postura para desempenhar as atividades corriqueiras do dia a dia, por exemplo, pode influenciar de forma negativa a região da sua coluna.

Assistir televisão de qualquer jeito, um esforço físico repetitivo, sentar de modo inadequado para trabalhar ou estudar, além de dormir em uma posição ruim, são situações que podem sobrecarregar a coluna.

Com isso, surgem as dores musculares, lesões e desgastes na região, que podem evoluir para problemas mais sérios, como hérnia de disco ou artrose.

10 princípios do atendimento para quem tem dor nas costas

Dor lombar, dor na coluna ou apenas dor nas costas. Seja qual for a maneira como você se refere àquele incômodo que sente após uma semana intensa de trabalho ou uma noite mal dormida, o importante é identificar e tratar o motivo do desconforto.

Isso porque, sem o tratamento adequado, a dor nas costas pode ficar persistente e evoluir para um problema mais sério. Sendo assim, é indicado contar com ajuda de um médico especialista.

Para conseguir ajudar e resolver o problema do paciente com dor nas costas, o Dr. Jonas Lenzi, ortopedista e especialista em cirurgia da coluna (CRM-PR 23612, RQE 1812), ressalta a importância de seguir dez princípios na hora do atendimento.

Dor nas costas não é normal. Clique aqui e saiba por quê.

Princípio 1: avaliação - história e exame

Antes de determinar o caminho do atendimento, o médico precisa avaliar o paciente e, para isso, deve levar em consideração o histórico de saúde, exames já realizados e sinais de alerta. Isso é fundamental porque o tratamento deve ser individualizado.

Princípio 2: estratificação de risco

Ferramentas de definição de risco prognóstico, como os questionários STarT Back e Örebro, classificam os pacientes em grupos de baixo, médio ou alto risco, o que é indispensável para determinar a quantidade de atendimentos e o tipo de tratamento necessário.

Princípio 3: educação do paciente

Desde a primeira avaliação, cada pessoa receberá um atendimento individualizado e o suporte necessário para o autogerenciamento do tratamento, junto com pacotes educacionais eletrônicos e em papel, com detalhe das melhores práticas de gestão.

Princípio 4: fisioterapia ativa incentivada

As terapias físicas são uma abordagem "sem intervenção", pois a ênfase está no autogerenciamento. Assim, o paciente consegue compreender sua condição na retomada gradual de suas atividades do dia a dia. A consulta com os membros da equipe pode incluir um fisioterapeuta ou enfermeira.

Princípio 5: comece com medicamentos analgésicos simples

Quando é necessário o uso de remédio, o melhor é começar com analgésicos simples, usando doses temporais. Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides podem ser usados ​​por curtos períodos de tempo, após a consideração de possíveis reações adversas. Os opióides devem ser evitados.

Princípio 6: uso criterioso de medicamentos complexos

Na presença de dor persistente nas costas que corre para as pernas, alguns medicamentos mais complexos podem auxiliar no controle da dor. Eles incluem antidepressivos tricíclicos, agentes anticonvulsivantes e inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina.

No entanto, é necessário ter cautela e considerar o impacto de possíveis alterações de humor e sonolência. Os opioides são menos eficazes neste grupo de pacientes e as infiltrações na coluna oferecem apenas um alívio a curto prazo e, por isso, não devem ser indicadas como primeira opção.

Princípio 7: abordagem cognitiva comportamental

Os princípios da terapia cognitivo-comportamental são utilizados com o objetivo de garantir que o paciente tenha suporte para compreender a relação entre crenças e comportamentos, além de desenvolver um plano de cuidados orientado por objetivos.

Princípio 8: exames de imagem apenas para aqueles com suspeita de patologia grave

O exame de imagem só é indicado quando a história completa do paciente e o exame físico indicam que pode haver uma causa séria, do ponto de vista médico, para a dor lombar.

Princípio 9: tempos pré-determinados para revisão clínica

É importante revisar o progresso de cada indivíduo em duas, seis e doze semanas. Assim, se não houver evolução suficiente, é preciso alterar o plano de tratamento.

Princípio 10: Referência oportuna e acesso a serviços especializados

Se o paciente não conseguir ter uma recuperação em doze semanas, é preciso providenciar a avaliação por um especialista em coluna.

Saber a causa do mal-estar em sua coluna é a melhor maneira de encontrar o melhor tratamento para resolver esse problema, assim como também para descobrir maneiras de evitar os gatilhos que causam a dor.

A maioria dos episódios de dor lombar tem tratamentos, geralmente, simples. Por isso, é importante contar com ajuda médica especializada para evitar o agravamento do quadro e viver com mais saúde e qualidade de vida.

Dr. Jonas Lenzi, ortopedista e especialista em cirurgia da coluna, CRM-PR 23612, RQE 1812.

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