Existem diferentes biotipos, que precisam ser respeitados nos procedimentos estéticos.
Existem diferentes biotipos, que precisam ser respeitados nos procedimentos estéticos.| Foto: Shutterstock
  • Por Dra Viviane Teixeira CRM 18905
  • 12/11/2021 10:11

Em sua obra "História da Beleza", o escritor italiano Umberto Eco observa que o “belo – junto com gracioso, bonito ou sublime, maravilhoso, soberbo e expressões similares – é um adjetivo que usamos frequentemente para indicar algo que nos agrada."

Pensando assim, aquilo tido como belo parece significar uma referência ao que é bom. E, de fato, em várias épocas da história, foi criado um laço estreito entre o belo e o bom.

Hoje, quero lembrar para você que o conceito de beleza é subjetivo e, dessa forma, o que é bonito para uma pessoa pode não ser para outra.

Ou seja, a beleza é uma experiência relacionada à percepção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experimenta.

Porém, existem certas características que fazem nosso cérebro, à primeira vista, qualificar algo como bonito ou feio.

E se a ciência ainda tenta dar uma explicação para esse processo, ao longo da história, a Estética, enquanto ramo da Filosofia, tentou várias vezes explicar o conceito de belo.

Vamos entender um pouco mais.

O belo platônico

Para o filósofo grego Platão, a beleza era algo divino, relacionada ao bem, ao eterno e estava além daquilo imediatamente à nossa frente.

Ele falava do mundo das ideias, que é o lugar de onde viemos, de onde a nossa alma veio, ou seja, de onde nós nos constituímos.

Segundo Platão, esse lugar é como se fosse um estado de espírito e, quando nós estávamos nesse mundo das ideias, vivíamos na mais pura nobreza, conhecendo e contemplando a verdade, a beleza e o amor, na sua essência, conectados.

Assim, não estávamos vivendo na superficialidade, o que contradiz a nossa vida no mundo moderno, a qual é constituída de fantasias e aparências, de pessoas desconectadas consigo mesmas.

E nessa modernidade, nesse mundo superficial, a gente acha que só existe aquilo que podemos ver, sem enxergar a nossa essência.

Em seu Mito da Caverna, Platão dizia que nós vivíamos na sombra. Ou seja, só enxergávamos a forma das coisas, sem conseguir defini-la.

Da mesma forma, quando nos olhamos no espelho e não sabemos o que estamos vendo, não estamos em conexão com nossa verdade, com o que nós somos.

Segundo Platão, essa desconexão com o que nós somos e com a nossa essência nos faz superficiais, irracionais e pobres. Ou seja, feios.

Afinal, o que é belo?

De acordo com o filósofo grego, o belo se manifesta quando o indivíduo tem coragem de olhar para sua vida, para como ele a está vivendo, para o mundo à sua volta, para a realidade superficial, assumindo que a vida não é só isso, pois o ser não é só matéria,

Assim, o indivíduo se encontra com sua essência, se conecta e se eleva para se tornar o que de fato ele é. Sendo assim, Platão pensa o belo como não pertencendo ao corpo.

Na verdade, o corpo é quem participa do belo — e este corpo belo reflete uma mente sã e as características individuais que vem de dentro para fora.

Precisamos levar isso em consideração nos dias atuais, sobretudo quando as pessoas procuram soluções na cirurgia plástica para ficarem parecidas com outras pessoas.

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Como os procedimentos estéticos se encaixam

A verdadeira beleza só é possível quando existe o respeito com o biotipo de cada paciente.
A verdadeira beleza só é possível quando existe o respeito com o biotipo de cada paciente.| Imagem: Shutterstock

A primeira consulta com uma paciente vai bem além de informações e orçamentos. Esse primeiro contato é o mais importante.

Assim, após obter todas as informações, é possível mostrar para ela o que é realidade, bem como, algumas vezes desmistificar o idealizado, quando não é possível de ser obtido.

O idealizado pertence ao pensamento imaginativo e uma profissional cirurgiã plástica trabalha com o real, com o palpável e com o que é anatômico. A paciente tem uma matéria-prima pronta, a sua anatomia presente. Alguns aspectos dela podem ser alterados, mas outros não, e cabe à médica informar esses detalhes.

É importante considerar que existem variadas composições de conformação corporal, envolvendo as estruturas óssea, muscular e a distribuição da gordura no corpo. São os biotipos.

Assim, quando alguém se submete a um procedimento estético, como uma lipoaspiração ou mamoplastia, por exemplo, seu biotipo básico não será alterado, pois as estruturas ósseas e musculares permanecem as mesmas.

No entanto, as mudanças no tecido gorduroso e nas mamas são capazes de embelezar qualquer biotipo trazendo maior harmonia sem ser uma transformação de um biotipo em outro. Por isso, equilibre seu biotipo e embeleze o que é seu.

A responsabilidade profissional faz toda a diferença

Como cirurgiã plástica, eu olho para o equilíbrio, para os grandes benefícios e limites. Por isso, tudo precisa ser pensado de modo a alcançar o melhor resultado possível para a paciente.

Assim, quando uma paciente chega ao meu consultório desejando realizar seu ideal de beleza e se livrar do que a incomoda, faço uma análise de quais melhorias estéticas são possíveis e quais os procedimentos ideais para atingir os resultados.

Mas é importante saber que o “sentir-se linda” está diretamente atrelado ao interior da paciente.

Isso porque, quando se trata de cirurgia para a melhora do contorno corporal, é preciso compreender que cada pessoa tem uma estrutura basal óssea e muscular diferente, e isso não pode ser alterado pelo procedimento.

É importante respeitar o biotipo de cada um e suas diferenças para se obter uma harmonia corporal, e tornar ao paciente isso tudo bem compreendido para que a satisfação exista ao final do processo! A verdade é ao meu ver o pilar principal da satisfação na cirurgia plástica, ressalta Dra Viviane

Cuide-se, você merece! Até o próximo conteúdo.

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Dra. Viviane Teixeira, (CRM/PR 18905 - RQE 16060 - RQE 16061). É também membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).